Ex-presidente do INSS recebia R$ 250 mil mensais em fraude contra aposentados

Preso em operação da Polícia Federal (PF) ontem, quinta-feira, o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, recebia 250 mil reais de propina no esquema de descontos em folha de aposentadorias e pensões. A Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) mantinha convênio com o INSS e seria a responsável por fraudar as permissões de descontos dos aposentados.
De acordo com a investigação, Stefanutto recebia a propina por meio de empresas e até de uma pizzaria. A estimativa da investigação é de que mais de 640 milhões de reais tenham sido desviados entre 2017 e 2023 só pela Conafer, sem contar outras entidades investigadas. A fraude envolvia a falsificação de fichas de filiação, inserção de dados fraudulentos em sistemas do INSS e distribuição de recursos por meio de empresas de fachada e intermediários financeiros. O ex-presidente do INSS foi demitido em abril.
Outro alvo da operação foi o ex-ministro José Carlos Oliveira, que terá de usar tornozeleira eletrônica. Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão contra dois deputados. Foram cumpridos 63 mandados de busca e apreensão, dez ordens de prisão preventiva e medidas cautelares em quinze Estados. No Rio Grande do Sul também ocorreram buscas, incluindo em escritório de advocacia de Porto Alegre e em outros cinco locais. Tornozeleira eletrônica foi colocada em um advogado da capital gaúcha. Entidades investigadas descontaram de aposentados e pensionistas mais de R$ 6 bilhões.



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