Caso de feminicídio no Caí terá julgamento no dia 27 de fevereiro
Em 2023 a Justiça gaúcha determinou, em média, 479 medidas protetivas por dia para mulheres vítimas de violência, num total de 175.053, representando um aumento de 28% em relação ao ano anterior. Já no primeiro mês de 2024 se tem uma elevação de 26% no comparativo com o mesmo período de 2023. Mesmo assim os índices seguem alarmantes.
No ano passado o Estado teve redução de 21,6% dos casos de feminicídios. Foram 87 casos de mortes de mulheres, enquanto em 2022 tinham sido 111. Só que em janeiro deste ano o número de assassinatos de mulheres aumentou novamente, com 12 mortes em janeiro contra 10 no mesmo mês de 2023.
Um dos casos de maior repercussão ocorreu no Vale do Caí, onde no último dia 26 de janeiro a personal trainer Debora Michels, de 30 anos, foi morta por asfixia pelo companheiro de 48 anos, o qual deixou o seu corpo na frente da casa dos pais dela, sendo depois preso.
Feminicídio no Caí
Outro caso de feminicídio que aconteceu no Vale do Caí está com julgamento marcado para 27 de fevereiro, terça-feira, no Fórum de São Sebastião do Caí, a partir das 9h da manhã. O júri popular estava inicialmente previsto para 5 de dezembro do ano passado, mas foi adiado devido a enchente que deixou o Fourm duas semanas fechado e em vista disso não pode ser realizado o sorteio dos jurados que precede a realização do júri, o qual precisa acontecer entre 10 a 15 dias úteis antes da sessão plenária.
Trata-se de um caso de feminicídio ocorrido no Caí há 17 anos atrás, quando uma mulher foi morta no bairro São Martim. Conforme o Ministério Público (MP), o réu Luís de Vargas, atualmente com 44 anos, é acusado da morte de Cláudia Fernandes de Lima, mediante tiros de revólver. O homicídio aconteceu em 17 de dezembro de 2006, por volta de 18h, na RS-122, altura do quilômetro 4.
De acordo com o inquérito policial, o acusado era namorado da vítima há cerca de oito meses. Na denúncia, o MP considera que o réu agiu por motivo fútil, visto que matou a vítima por ciúme, por não aceitar o fim do relacionamento, atingindo-a pelas costas.
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