Em votação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quinta-feira, dia 11, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, além de multa de R$ 376 mil. Ele foi condenado por tentativa de golpe de Estado e outros quatro crimes. A pena deve ser cumprida inicialmente em regime fechado, sendo 24 anos e 9 meses de reclusão, mais dois anos e seis meses de detenção. Ainda cabem recursos. Atualmente Bolsonaro está em prisão domiciliar e usando tornozeleira eletrônica, mas em razão de outro processo.

A decisão ocorreu após os votos dos ministros Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, ambos pela condenação dos oito réus. O placar ficou em 4 a 1 pela condenação, já que Alexandre de Moraes e Flávio Dino também tinham considerado os réus culpados, enquanto Luiz Fux votou pela absolvição. Como os oito réus respondem por mais de um crime, as penas definidas para cada delito são somadas. Eles são acusados dos crimes de abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado, organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. A dosimetria define não só a quantidade de anos de prisão, mas também o regime em que ela deve ocorrer.

Além de Bolsonaro, foram julgados e condenados: Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência) com 16 anos, Almir Garnier (ex-comandante da Marinha) com 24 anos, Anderson Torres (ex-ministro da Justiça) com 24 anos, General Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional) com 21 anos, general Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa) com 19 anos, Walter Braga Netto (ex-ministro e candidato a vice na chapa de Bolsonaro) com 26 anos e Tenente-coronel Mauro Cid (ex-ajudante de ordens) com 2 anos de reclusão em regime aberto.