Autor dos tiros diz que matou Joel e filho com a arma do empresário
O autor dos disparos que mataram o empresário montenegrino Nelson Joel de Oliveira Ferreira, de 61 anos, e seu filho Anderson Guedes Ferreira, de 36 anos, está no Presídio de Sapucaia do Sul.
Conforme a delegada Sandra Mara Guaglianoni Neto, que responde pela Delegacia de Triunfo, após as últimas diligências e depoimentos de testemunhas e do próprio acusado, o homicida foi recolhido porque já estava com prisão preventiva decretada pela Justiça. Segundo a Polícia, ele informou que a arma utilizada no crime era de propriedade de Joel e a perdeu durante a fuga. Os policiais realizaram buscas na localidade informada, mas não localizaram o revólver até o momento, já que se trata de uma área de grande extensão territorial.
O acusado se apresentou na última sexta-feira, 1º de julho, na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Novo Hamburgo. A delegada informou que ainda aguarda os laudos que serão disponibilizados pela perícia. A mulher do acusado também já prestou depoimento. Conforme a delegada, ela confirmou que tinha ocorrido um desentendimento dela com o empresário, por ela ter entregue uma garrafa de leite solicitada pela esposa de Joel. Contou que ele teria sido ríspido na frente de funcionários da empresa e foi para casa conversar com o acusado. Esse teria ido conversar com Joel, ocorrendo numa discussão e então pegou a arma no carro com a qual efetuou os disparos contra pai e filho. As duas vítimas ainda foram socorridas e levadas ao Hospital Unimed, em Montenegro, mas chegaram sem vida. Cada um teria sido atingido por quatro tiros.
Natural de Palmeira das Missões, o acusado, de 39 anos, que residiu em Novo Hamburgo, onde têm familiares, ultimamente morava com a família numa casa de propriedade do empresário Joel, junto da empresa em que ocorreu o homicídio no início da noite da última terça-feira, 28 de junho, próximo ao Polo Petroquímico de Triunfo. Ele já tinha vários antecedentes criminais, incluindo homicídio, roubo a estabelecimento comercial, ameaça, difamação, dano, estupro e lesão corporal. De acordo com a delegada, com base em depoimentos, ele e Joel mantinham uma boa relação e teriam se conhecido no Presídio de Montenegro quando o empresário cumpriu pena pela morte de outro funcionário, ocorrida em 1995 em Montenegro. Em razão da amizade, quando Joel deixou o presídio convidou o acusado para trabalhar com ele como cozinheiro na empresa e lhe cedeu uma moradia nos fundos da locadora. Depois do regime fechado, o acusado passou para o regime semi-aberto e progrediu para a prisão domiciliar, proporcionando que ficasse fora da cadeia, sendo monitorando por tornozeleira eletrônica, que ele rompeu durante a fuga.
Mais detalhes sobre a investigação devem ser revelados pela Polícia em entrevista coletiva na próxima quarta-feira na Delegacia de Triunfo.
A despedida de Joel e Anderson ocorreu na última quinta-feira pela manhã, com grande número de pessoas no velório na Funerária Vargas e nos sepultamentos no Cemitério de Montenegro.
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