1.900 montenegrinos aguardam para receber o Auxílio Reconstrução

Reunião na Câmara de Vereadores cobrou maior agilidade no repasse do benefício de R$ 5.100

Durante a manhã desta terça-feira, dia 29, o Plenário da Câmara de Vereadores de Montenegro recebeu atingidos pela enchente de maio que ainda não foram contemplados com o auxílio reconstrução. A convite do presidente da Casa Legislativa, Talis Ferreira, esteve presente, para uma conversa, o Secretário de Desenvolvimento Social, Cidadania e Habitação, Vitor Cardoso, a fim de prestar esclarecimentos sobre os motivos da demora no recebimento do benefício.

Acompanhado do Chefe da Defesa Civil, Clóvis Pereira, e também dos vereadores Ari Müller e Felipe Kinn da Silva, o Secretário respondeu dúvidas e questionamentos dos moradores atingidos pela inundação histórica de maio deste ano.
Um dos motivos apontados é o alto volume de pedidos, o que atrasa a análise pelo Dataprev, segundo resposta do governo federal. Há ainda a questão de fraudes e erros nos cadastros, que devem ser vistos caso a caso.

O vereador Talis Ferreira propôs a criação de uma ata, contendo as reclamações dos beneficiários. Todos os presentes assinaram uma lista que deve integrar o documento a ser entregue ao representante do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional na próxima quinta-feira.
O valor do auxílio reconstrução é de R$5.100,00 e a medida foi implementada há quase 6 meses. No momento, 1.900 cadastros aguardam para receber o benefício em Montenegro.

Esperando casa

Todas as famílias que tiveram suas moradias “condenadas” em virtude das enchentes de maio e esperam receber uma nova casa do governo federal são chamadas para uma reunião. Nesta quinta-feira, às 14h, uma equipe da Secretaria para Apoio à Reconstrução do Estado estará no Teatro Roberto Atayde Cardona para conversar com estas pessoas. O evento deve trazer a Montenegro o ex-ministro Paulo Pimenta ou o secretário-executivo do órgão, Maneco Hassen.
De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Social, Vitor Cardoso, cerca de 200 cadastros foram realizados pela Prefeitura e encaminhados ao Ministério das Cidades. Inicialmente, o governo federal prometeu a compra de imóveis de até R$ 200 mil pelo programa Minha Casa Minha Vida Reconstrução. “Contudo, Montenegro tem baixa oferta de moradias prontas que se enquadram nas regras, o que está tornando o processo muito lento”, explica.
Na reunião desta quinta, será apresentada uma alternativa: abertura de meta na Portaria 704 – 2024 MCID, para a construção de novas unidades habitacionais no município de Montenegro. “Será possibilitado às famílias optarem por permanecer no programa da compra assistida (aquisição de imóveis novos e usados já existentes) no município ou migrarem para um programa que prevê entrega de unidades novas – a serem edificadas – no prazo de até 8 meses”, explica.
Vitor ressalta que existe uma empresa cadastrada para fazer as moradias e duas áreas disponíveis, uma na Panorama e outra no Aeroclube. Os dois lotes estão livres do risco de inundações. “As pessoas poderão escolher. Ou ficam aguardando a oferta de imóveis prontos, uma condição em que não se pode prever data; ou aderem a um programa que vai entregar casas novas com data-limite de oito meses”, conclui.

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