O projeto de lei que altera o Plano de Carreira dos Professores, limitando a concessão de reajuste salarial de 33,24% apenas aos educadores que ganham menos do que o piso nacional, não será mais votado pela Câmara na noite de hoje, quinta-feira. Atendendo a um pedido dos vereadores que integram a base do governo e da própria Secretaria Municipal de Educação, o prefeito Gustavo Zanatta fez o anúncio no final da manhã de hoje. A proposta vinha gerando muita discussão, com protestos de parte dos professores e do Sindicato da categoria.

Os parlamentares que participaram da reunião são Ana Paula Machado e Juarez Vieira da Silva (PTB), Felipe Kinn da Silva (MDB), Valdeci Alves de Castro (Republicanos) e Sérgio Souza (PSB). O magistério foi representado pelas dirigentes do Sinpedu, Lucied Proença e Monaliza Furtado. Pela Smec, participou o diretor de Educação, Tiago de Vargas, pois a secretária Ciglia da Silveira tinha um compromisso médico.

Zanatta explicou que resolveu acatar o pedido para ampliar ainda mais a discussão. A proposta é criar um grupo de trabalho com a participação dos professores, do governo, do Sindicato dos Municipários e da Câmara Municipal para buscar alternativas. Hoje, o pagamento integral do reajuste proposto pelo governo federal impediria o Município de cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal no que diz respeito aos limites de gastos com pessoal. Além disso, comprometeria serviços e prejudicaria sensivelmente o Fundo de Aposentadoria dos Servidores. Esses cálculos devem ser concluídos nos próximos dias.
“Como gestor, por mais que respeite os professores, preciso olhar o todo, medindo o impacto de cada ação sobre o Município. Queremos a ajuda de todos para buscar uma alternativa que atenda à categoria sem prejudicar a comunidade”, afirmou Zanatta.
Já o projeto que concede reposição de 10,6% a todo o funcionalismo – incluindo o pessoal da Educação – irá a votação nesta noite. A sessão inicia às 19h.