Milho tem perda de 70% e nos citros 30%
Na manhã desta quarta-feira, dia 26, membros da Prefeitura de Montenegro se reuniram com representantes de entidades ligadas ao Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural e com produtores locais para tratar de um tema que tem preocupado muito neste início de ano: a estiagem. O encontro aconteceu na Estação da Cultura e debateu as ações do Município para minimizar os dados causados pela falta de chuva, os dados preocupantes sobre o problema e outras medidas e demandas oriundas dos próprios produtores.
Segundo dados da Emater de Montenegro, o prejuízo nas plantações de milho pode chegar a até 70% na safra 2021/2022. Quando se fala em citros, a perda é estimada em 30%. “A chuva que caiu serviu somente para verdejar as gramas e as produções, mas o problema segue e pode piorar se a seca persistir”, enfatizou, na reunião, o chefe do escritório da Emater de Montenegro, Everaldo Vinício da Silva. O município, inclusive, decretou situação de emergência por causa da estiagem. Everaldo também explicou que desde a estiagem de 2019 não houve uma recuperação total das produções devido a antigas estiagens, ou seja, a situação atual é agravada com esse déficit.
A reunião, coordenada pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR) e Defesa Civil, também mostrou as ações do executivo para uma minimização dos problemas. De acordo com o secretário municipal de Desenvolvimento Rural, Ernesto Kasper, a disponibilização de máquinas para abertura de açudes em propriedades rurais e o fornecimento de água, por meio de caminhão pipa, são ações que já estão acontecendo. Já a Defesa Civil, coordenada por Carlos Roberto Ferrão Martins, busca, junto ao batalhão de suprimentos do Exército, equipamentos e veículos para auxiliar na logística de transporte de maquinário para o interior.
“Estamos vivendo uma situação séria”, alertou Ferrão. Durante o restante da reunião, os participantes também debateram estratégias, junto com os produtores, para coibir os fortes efeitos da falta de chuva. Uma delas se refere ao planejamento. Segundo o secretário da SMDR, Ernesto Kasper, é preciso ter um planejamento a longo prazo para que haja uma prevenção a esses momentos de seca. “Estamos sofrendo as consequências das poucas ações de planejamento de futuro, tanto de quem atua na produção, como os agricultores, quanto dos órgãos competentes”, salienta.
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