Paulo César Tatu: Carreira futebolística
Cesar Freitas, na sua coluna Você lembra?, destaca Paulo César Nienow, que foi um dos maiores craques do futebol caiense.
“O futebol caiense, ao longo dos anos, revelou para os gaúchos inúmeros craques de bola, formados nos tradicionais clubes da cidade, o Riachuelo e o Guarani. Entre eles podemos mencionar Mauro Coelho, que os desportistas identificam melhor como Mauro Barrilzinho de Pólvora, que foi um excelente meia, ponta de lança, que brilhou no futebol da capital defendendo o Cruzeiro e o Internacional. Era portador de um biótipo teoricamente desfavorável para a prática de futebol, pois era gordinho e baixinho. Porém era dotado de boa técnica no trato com a bola, era rápido, oportunista e tinha um chute certeiro. Com essas qualidades, fez histórias nos clubes em que passou. Lamentavelmente veio a falecer prematuramente a alguns anos. Seus filhos, Maurinho e Piava, continuaram a tradição da família Coelho dentro dos gramados, atuando no Brasil de Pelotas.
Negrinho, meia chancha que jogou no Aimoré; Rui, goleiro que defendeu o Aimoré e Caxias; Piranha, zagueirão que também atuou no Aimoré, e Paulo César Tatu, nosso focalizado nesta edição, são outros bons exemplos de excelentes valores formados em São Sebastião do Caí. Paulo César Tatu, cujo o nome completo é Paulo César Nienow iniciou suas atividades no Riachuelo de sua cidade natal. Em 1966 foi contratado pelo Santa Cruz da “Capital do Fumo”. Permaneceu no clube do Estádio dos Plátanos até 1971. Quando deixou o Santa Cruz, foi para o Guarani de Campinas. No ano seguinte foi atuar no Ponta Grossense de Ponta Grossa-PR. Em 1973 retornou aos pagos com a disposição de parar com a bola, porém foi convencido por dirigenetes do Caxias a continuar atuando. No clube da “Terra da Uva” passou a melhor fase de sua carreira. Atuou até 1980 e nesse período, o clube grená sempre esteve entre os melhores de nosso futebol, com uma equipe que marcou época.
Uma de suas formações foi: Bagatini; Sérgio Vieira, Cedenir, Luiz Felipe Scolari (ex-técnico da seleção) e Jorge Tabajara; Clóvis Duarte (ex-prefeito do Caí), Nana e Paulo César Tatu; Luiz Freire, Bebeto e Jurandir. Uma grande equipe como vemos. Os caxienses nessa fase tiveram grandes participações no Campeonato Brasileiro. Em 1978, Paulo César Tatu teve o reconhecimento da imprensa pelo seu grande futebol, ao ser agraciado com o troféu “Leão de Ouro” por ter sido considerado o melhor jogador do interior. Em 1982 atuou por pouco tempo no São Paulo de Rio Grande. Paulo César Tatu, encerrou logo suas atividades como atleta profissional, retornando para sua São Sebastião do Caí. Entre os inúmeros técnicos que o orientaram considera que o melhor foi Carlos Froner. O centro médio que melhor lhe marcou foi Adauto, que atuou no Santa Cruz, Avenida e Guarany de Bagé. Os melhores meias que viu atuar foram Rivelino e Zico. Mesmo atuando na meia cancha, marcou muitos gols através de seu chute potente e certeiro. O inesquecível foi consignado na partida Santa Cruz x Brasil de Pelotas. Com um belo chute de fora da área, venceu o arqueiro Geóvio, decretando a derrota xavante. Quando garoto seu ídolo dentro das quatro linhas foi Mário Barrilzinho de Pólvora. Assim, resgatamos a história futebolística de Paulo César Tatu, um grande meia cancha de pequeno porte físico, porém muita mobilidade e muita técnica, como seus xarás e contemporâneos Paulo César Carpeggiani e Paulo César Caju. Atuou num período em que Paulo César meia era sinônimo de craque.”
O apelido Tatu foi lhe dado pelo comentarista esportivo Lauro Quadros. “Eu me posicionava muito bem, me enfurnava pelos cantinhos, mesmo com 1m66cm de altura, passava à frente dos zagueiros, cabeceava e fazia gols. disse em entrevista para a ZH”
Paulo César Nienow nasceu em São Sebastião do Caí no dia 29 de Junho de 1947.
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