Traumato-ortopedia vai retornar ao HM

Serviço vai beneficiar 14 municípios da região

Suspensos desde o fim do ano passado, os atendimentos na área de Traumatologia e Ortopedia voltarão a ser prestados no Hospital Montenegro (HM), beneficiando 14 municípios da região, que abrangem uma população de mais de 200 mil pessoas. A decisão foi oficialmente anunciada nesta tarde de quarta-feira, dia 26, durante uma visita da secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann. Ela se encontrou com prefeitos, secretários de saúde e lideranças da região, na Câmara de Vereadores de Montenegro.

Atualmente, os moradores do Vale do Caí e cidades próximas, em caso de fraturas e outras necessidades, são transferidos para os hospitais de Esteio e Sapucaia do Sul. Em breve, voltam a ser acolhidos no Hospital Montenegro, que receberá um valor mensal fixo do Estado e um complemento de cada prefeitura (R$ 0,77 por habitante).

Anúncio foi feito pela secretária estadual da saúde, Arita Bergmann – Crédito: Itamar Aguiar

De acordo com o gerente de Contratos e Convênios do Município, Sílvio Kaél, os prefeitos deverão elaborar projetos de lei, pedindo autorização à sua Câmara de Vereadores, para realizar a despesa. No caso de Montenegro, serão em torno de R$ 50 mil. “Pode parecer um valor alto, mas, com certeza, o transporte para outras cidades – que inclui servidores, combustível, veículos e sua manutenção – custa mais do que isso”, afirma Kaél.

O prefeito Gustavo Zanatta revela que sua preocupação é regional. Ele começou a dialogar com o Estado quando ainda era presidente da Associação dos Municípios do Vale do Rio Caí (AMVARC), cargo que ocupou até março, sendo substituído prefeito de Barão, Jeferson Biriba “Além de fortalecer o Hospital Montenegro como uma instituição regional, meu objetivo é reduzir o sofrimento das pessoas. Especialmente dos idosos vítimas de fraturas, que sofrem muito durante o transporte e se sentem perdidos numa cidade grande, onde não conhecem ninguém e ficam longe de suas famílias”, explica Zanatta

A secretária Arita Bergmann garantiu que volta a Montenegro daqui a 30 dias para a assinatura oficial do contrato. “Vim aqui para ouvir vocês, prefeitos da região. Estamos construindo uma solução conjunta, que vai ajudar a melhorar a saúde com os atendimentos de Traumatologia”, disse a secretária.

O diretor técnico do HM, médico Jean Ernandorena, lembrou que a traumatologia era uma tradição no Hospital Montenegro. “É um serviço que está fazendo falta”, declarou, sobre a necessidade dos pacientes, parabenizando o empenho dos gestores dos municípios e do Governo do Estado. “Quem vai sair ganhando será a população da região”, completou, confirmando que em breve o serviço deverá ser retomado.

Prefeitos de Montenegro, Barão, Pareci Novo, São Pedro da Serra, São José do Sul, Salvador do Sul e Brochier, além dos secretários de saúde de São Sebastião do Caí e Capela, se manifestaram na tribuna, ressaltando a importando da volta da traumato ao HM. A secretária da saúde do Caí, Neiva Santos, falou da grande demanda pelo serviço e que a região deve buscar o atendimento de mais especialidades.

HM Regional

O HM, que abrange 14 municípios e uma população de mais de 200 mil pessoas, está justamente ampliando a sua área de abrangência. Através do convênio com o Consórcio Intermunicipal de Saúde (CIS-Caí) o maior hospital da região aumenta os atendimentos para 30 municípios e assim possibilita receber mais recursos, não só garantindo o custeio, como também possibilitando novos investimentos. É o único da região com UTI e que tem um Centro de AVC, com atendimento pelo SUS. Aliás, depois da inauguração do Pronto Socorro Regional, outro sonho antigo já está em obras no quarto andar: a instalação do novo Centro Obstétrico.

O diretor administrativo do HM, Carlos Batista da Silveira, ressalta que o hospital segue como 100% SUS, mas recebeu autorização do Ministério da Saúde para prestar 20% de atendimentos para convênios e particulares. “Não vamos diminuir o atendimento pelo SUS e sim ampliar mais para poder atender convênios, particulares e o consórcio”, explica. E por isso a busca de parcerias com os municípios e através do CIS-Caí, o que já está acontecendo “Não tem como depender só do poder público devido ao corte de recursos. Estamos buscando alternativas”, frisa Batista, lembrando que o HM já estava buscando credenciamento como referência em traumatologia e oncologia. “O HM é uma empresa privada. Vamos cumprir o contrato com o Estado e oferecer outros serviços, como de cirurgias, exames e laboratório”, completa, ressaltando que o hospital tem um parque tecnológico e realização mais de 60% das internações da região.

A instalação do novo Centro Obstétrico, prevista para ainda neste ano, vai possibilitar a abertura de duas novas salas no centro cirúrgico, onde atualmente ocorrem os partos. Com isso poderão ser disponibilizadas mais cirurgias. E o diretor técnico, médico Jean Ernandorena, antecipa outros projetos que devem sair do papel, entre eles a instalação do Centro de Especialidades Médicas e do Centro de Diagnóstico. “O hospital, mesmo com todas as dificuldades, consegue crescer e expandir. Deu um salto de qualidade como nunca teve na história”, realça.

 

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