Motorista acusado de atropelamento com morte em Escadinhas confessa que inventou assalto
A Polícia Civil investiga as circunstâncias do atropelamento com morte ocorrido na noite do último domingo, dia 23, na Feliz, e cujo veículo envolvido foi abandonado em Bom Princípio. A vítima, Waldir Martiny, conhecido como “Pér”, de 65 anos, foi sepultado ontem no final da tarde em Escadinhas, localidade em que morava e onde ocorreu o acidente. Ele estaria de bicicleta, voltando de um evento em que trabalhou, quando foi atingido por um automóvel, vindo a falecer no local do atropelamento. O motorista fugiu do local sem prestar socorro.
Ainda na noite de domingo a Brigada Militar da Feliz foi informada pela Polícia Rodoviária de Bom Princípio que um automóvel Volkswagen Jetta, emplacado na Feliz, com danos no para-brisa, tinha sido localizado abandonado junto ao barranco da RS 122, na altura do quilômetro 21, no bairro Bela Vista. Segundo testemunhas, o carro teria se envolvido no atropelamento de Escadinhas, mas o motorista não estava junto do veículo. Mais tarde a Brigada informou que havia um indivíduo desorientado, pedindo ajuda no centro de Bom Princípio. Segundo a BM, ele estava com as roupas sujas de barro e lesões no rosto. Declarou para os PMs que estava na praça da Feliz quando dois indivíduos pediram carona e o agrediram, assumindo a direção do seu veículo. Disse que dirigiram seu carro, com ele dentro, até Bom Princípio, onde perderam o controle do automóvel na Bela Vista e caíram num barranco. Ele foi então encaminhado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Montenegro, onde sustentou esta versão de que teria sido assaltado.
Em novo depoimento ontem, segunda-feira, desta vez na Delegacia da Feliz, a Polícia informou que o motorista, morador da Feliz, de 27 anos, acabou confessando que era ele quem dirigia o carro envolvido no atropelamento. “Ele acabou confirmando que inventou essa historia. Não houve roubo nenhum”, diz o delegado Marcos Eduardo Pepe. Conforme o delegado, o motorista vai responder processo por homicídio culposo de trânsito (sem intenção de matar), com o agravante da fuga do local do acidente e de falsa comunicação de crime por ter inventado um assalto.
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