Chico da funerária
É rara a pessoa que, no Caí, não conhece Sebastião dos Reis. Se não pelo seu nome correto, pelo apelido: Chico da Funerária.
Ao longo de 27 anos ele trabalhou em serviços funerários. Sebastião, nasceu no bairro Conceição e, antes de trabalhar com serviços funerários, foi motorista da padaria de Walter Füller, no Caí.
Foi também como motorista que Sebastião começou a trabalhar na antiga Funerária Selbach, que era a única da cidade e uma das poucas da região.
Mas, numa ocasião em que o responsável pelo serviço funerário precisou faltar, Sebastião o substituiu. E saiu-se tão bem que ficou com o serviço.
Naquela época, ele fazia sepultamentos também em Capela de Santana, Hortêncio e outras localidades vizinhas que, naquela época, ainda não tinham funerárias.
Num cálculo aproximado, estima-se que ele tenha realizado mais de 2.500 sepultamentos ao longo da sua carreira. Sempre muito comunicativo, prestativo e espontâneo, ele conquistava logo a simpatia e confiança das pessoas. O que era muito importante, principalmente para aqueles que passavam pelo momento triste e delicado da morte de um familiar.
Por isto, na mente de milhares de caienses, a imagem positiva da pessoa amiga, que lhes serviu num momento difícil, está associada à pessoa do Chico da Funerária.
Sua lembrança, agora, se transforma em saudade, pois Sebastião morreu na última quarta-feira, 9 de dezembro de 2009, aos 58 anos.
Ele vinha lutando pela vida já há bastante tempo, desde que foi vítima de um grave câncer nos intestinos. Foi submetido a uma cirurgia e chegou a ter uma boa recuperação. Mas depois o câncer o atacou também no pulmão.
- Reportagem publicada no Fato Novo em dezembro de 2009
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