Em júri popular realizado ontem, quarta-feira, dia 9, no Fórum de Montenegro, foram condenados a 32 anos e dois meses de prisão, em regime fechado, três réus acusados de envolvimento na morte do agente penitenciário Jair Fiorin em 16 de janeiro de 2005.

O júri popular iniciou em torno de 10h da manhã, referente a emboscada com fuga de apenados que ocorreu durante ataque a escolta nas proximidades da Penitenciária Estadual, na localidade de Pesqueiro. Outros acusados já foram julgados e agora foi a vez de Fernando Toledo Bastos, Claiton da Silva Mallet e Gederson Aguiar Ribas estarem novamente no banco dos réus. Os três réus já tinham sido julgados e condenados em 2013, com penas de 17 anos (Claiton e Gederson) e 14 anos (Fernando), mas o júri acabou sendo anulado.

Atuaram na acusação os promotores de justiça Caio Isola de Aro e Valério Cogo, do Núcleo de Apoio ao Júri (NAJ). Já a defesa foi feita por advogados da Defensoria Pública e advogada contratada. “Com isso se encerrou um ciclo, onde sempre se buscou a justiça, mesmo que nunca se tenha na mesma proporção, pois foi ceifada a vida de um servidor. Não foi só um crime contra o colega Jair Fiorin, mas contra a sociedade”, declarou, ao final do julgamento, o presidente do Sindicato da Polícia Penal no Estado (Sindppen), Cláudio Dessbesell, que foi testemunha no julgamento, já que fazia parte da escolta atacada e foi agredido na emboscada.

Dos três réus, um não estava em plenário no início do julgamento. Fernando Toledo Bastos ainda se encontra foragido. Gederson Aguiar Ribas estava respondendo ao processo em liberdade. E Claiton da Silva Mallet alegou problema de saúde, tendo retornado para a Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc) no início da tarde. Os três devem cumprir as penas em regime fechado, mas cabe recurso por parte da defesa.

Outros oito acusados já foram julgados e condenados por participação na emboscada que resultou na morte do agente.