Após a prisão de uma mulher de 42 anos, suspeita de ter colocado veneno no bolo que matou 3 pessoas em Torres em 23 de dezembro, a Polícia Civil investiga se ela também está envolvida na morte de um homem em setembro. Ele é marido da mulher que fez o bolo e pode ter morrido também em consequência do arsênio colocado na farinha do bolo. A Polícia já pediu a exumação do corpo, que deve passar por perícia. A suspeita presa é nora dele e da mulher que fez o bolo, de 61 anos, que deixou a UTI ontem.

A Polícia também investiga o motivo do crime. A princípio teria uma desavença antiga com a sogra, mas não foi revelado o motivo. Só foi informado que seria motivo fútil, desproporcional com a brutalidade do crime. A suspeita deve ser indiciada por triplo homicídio e três tentativa de homicídio. Foi apurado que ela pesquisou na internet sobre o elemento químico altamente perigoso que seria usado para envenenar a família. A Polícia também investiga como ela conseguiu o arsênio, já que a venda da substância química é controlada, sendo permitida apenas para empresas com registro justificando o motivo da compra.

Envenenamento de arroz

Mortes por envenenamento também foram confirmadas no Piauí. Na madrugada de ontem, segunda-feira, ocorreu a terceira morte, de uma menina de 3 anos de idade, que também teria comido arroz envenenado com substância tóxica. De acordo com o laudo da Polícia Científica do Piauí, foi confirmada a presença de terbufós, um pesticida tóxico conhecido como chumbinho, no organismo das vítimas. A venda da substância é proibida no Brasil.

No total nove pessoas da família foram hospitalizadas. Morreram também um jovem de 18 anos e um bebê de 1 ano e 8 meses. Duas pessoas ainda seguem internadas. A Polícia confirmou ainda que essa mesma família teve o caso de duas crianças mortas por envenenamento em agosto do ano passado após terem comido cajus envenenados.