A Polícia Civil prendeu ontem, quinta-feira, dia 20, cinco integrantes de uma quadrilha acusada de aplicar um dos golpes mais antigos e conhecidos: o golpe do bilhete premiado. E apesar do surgimento de vários outros tipos, principalmente por redes sociais e internet, o golpe do bilhete premiado, também chamado de golpe do seguro, segue sendo aplicado. As fraudes envolvem falsas promessas de recebimento de seguros ou prêmios de alto valor, levando as vítimas a entregarem grandes quantias de dinheiro aos criminosos.

A segunda fase da Operação Seguro Divino contou com buscas no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. A maioria das vítimas são idosos. Em um dos casos, que desencadeou a operação, uma diarista teve prejuízo de R$ 20 mil. Mas também tem o caso de uma idosa que teria perdido R$ 285 mil. Em Porto Alegre foram presos três suspeitos e em Balneário Camboriú, uma mulher, sendo que o pai dela, de 60 anos, também está o presídio.

O golpe existe desde a década de 1930, já tendo feito várias vítimas na região. A forma do golpe segue sendo a mesma, com as vítimas normalmente sendo abordadas perto de bancos. Os golpistas pedem ajuda para trocar um suposto bilhete premiado, mas solicitam uma garantia em dinheiro. E aí as vítimas são convencidas a sacar dinheiro, muitas vezes suas economias de muitos anos. Como orientações de prevenção, a Polícia pede que não se fale com estranhos; jamais forneça dados bancários, senhas e cartões; e lembrar que se alguém realmente tem um bilhete premiado não irá entregar para outra pessoa, ainda mais um desconhecido.