A mãe de um rapaz preso após um assalto fez contato com a reportagem do Fato Novo. Ela diz que o jovem é motorista de aplicativo e não sabia que os dois indivíduos que pediram a corrida iriam praticar um roubo.

O assalto na lotérica do Vale Real ocorreu no último dia 12 de dezembro. A Brigada Militar localizou o automóvel Fiat Uno com os acusados no bairro Vila Rica, da Feliz, onde foram presos e recuperado um malote com R$ 6,5 mil. Os três, entre eles dois de Porto Alegre e outro do Rio de Janeiro, entre 22 e 24 anos, foram recolhidos ao sistema prisional.

A mãe do jovem carioca garante que ele é inocente. Conta que ele estava em Porto Alegre faz cerca de três meses, pois teria se apaixonado por uma moça gaúcha. Teria largado tudo no Rio de Janeiro para viver com a namorada. Diz que no início não se adaptou ao frio e a distância da família, chegando a retornar para casa, mas a mãe cita que o amor falou mais alto e em novembro viajou novamente para a capital gaúcha, passando a trabalhar como motorista de aplicativo para se sustentar. “Infelizmente esses rapazes entraram no caminho do meu filho e o convenceram a fazer a corrida por fora do aplicativo para buscar uma medicação. Ele estava aguardando os passageiros, conversando pelo telefone com a namorada, quando houve essa confusão”, relata a mãe. Ela cita que os próprios meliantes chegaram a falar para a Polícia, informalmente, que o motorista não tinha nada a ver com o roubo. Mas em depoimento na Delegacia optaram por não dar declarações, alegando que só falariam na Justiça.

A mãe garante que o filho é um rapaz do bem, que inclusive fez concurso para a Polícia Militar de São Paulo. Chegou a enviar fotos do jovem com a família, lamentando que agora não poderá passar as festas de final de ano com os familiares, que está vivendo esse momento de agonia. Ela disse que está buscando recursos para viajar para o Rio Grande do Sul para lutar pela liberdade do filho. Garante que é um excelente filho e pai.

A Polícia Civil investiga o roubo para encaminhar inquérito para a Justiça, que irá determinar o futuro dos acusados.