Incêndios que seriam criminosos deixaram 17 pessoas desabrigadas e uma em estado grave
A principal suspeita da Polícia é de que os dois incêndios ocorridos no início da manhã deste domingo, dia 31, sejam criminosos e estejam diretamente relacionados. Pelo menos 17 pessoas perderam tudo, incluindo duas casas e uma pensão de oito quartos. Um morador da pensão, que inalou fumaça, foi internado em estado grave no Hospital Montenegro (HM). O rapaz internado, de 20 anos, devido a gravidade está sendo removido para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), em Porto Alegre.
Os bombeiros foram chamados para o primeiro incêndio por volta de 5h40min. O fogo destruiu uma casa no bairro Santo Antônio, no prolongamento da Rua Ramiro Barcelos. No local morava uma mulher e três filhos. Luciana Aparecida da Silva, de 42 anos, conta que só o filho mais velho, de 22 anos, estava na moradia. Ela estava na casa de uma amiga. E dois filhos, uma menina de 12 anos e um menino de 7, estavam no retiro de uma igreja. Diz que perdeu tudo, entre móveis, eletrodomésticos, roupas e outros pertences. Suspeita que o fogo tenha sido provocado por um indivíduo com quem teve um relacionamento. E que já havia ameaçado queimar a sua casa anteriormente e continuava ligando. “Não temos mais nada”, diz, enquanto está na casa da mãe, no bairro Panorama. Familiares e amigos estão organizando uma campanha de doações de dinheiro, móveis, eletrodomésticos, roupas, calçados, utensílios e materiais de construção. Contatos podem ser mantidos pelo telefone 99968 5385 ou pode levar direto na Rua Carlos Kohler, 32. Também podem ocorrer doações através do site vakinha.com.br (ID 1751656).
Ao retornarem ao quartel, após abastecerem os dois caminhões com mais 10 mil litros de água, em torno de 7 horas os bombeiros foram acionados para outro incêndio, desta vez na Travessa Capitão Porfírio (antigos trilhos), na parte central da cidade. Quatro bombeiros trabalharam no combate as chamas, que atingiram uma casa e uma pensão. Conforme os proprietários da pensão, Elio Ganzer (Gringo) e Margarete Viana Silva, oito quartos foram destruídos, onde estavam morando doze pessoas. “Nós estávamos dormindo quando meu marido ouviu um barulho e levantou. Era muito fogo”, lembra Margarete. “Começou numa casa do lado”, completa. “Perderam tudo. Roupas, calçados e até os documentos”, diz, além de móveis e eletrodomésticos. “Os inquilinos ficaram sem nada”, completa “Gringo”. “O que levamos a vida toda para construir, foi tudo devorado pelo fogo”, diz Margarete, sobre a pensão que tinham faz cerca de quinze anos.
Conforme foi apurado, o suspeito de colocar fogo na casa no bairro Santo Antônio morava ao lado da pensão. E depois com o incêndio na sua própria casa, na Travessa Capitão Porfírio, as chamas acabaram se alastrando para o prédio da pensão. Os dois locais foram isolados pela Brigada Militar para a realização de perícia. A Polícia Civil também esteve em ambos os locais e iniciou a investigação.
O secretário municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania, Luis Fernando Ferreira, esteve nos dois locais dos incêndios verificando a situação e vendo de que maneira o município pode auxiliar as vítimas.
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