Governo do Estado envia projeto para fechamento da Escola da Brigada em Montenegro e transformação do 27º BPM do Caí em 5ª Companhia

EsFES funciona na área do antigo frigorífico Renner e tem uma trabalho reconhecido de 51 anos - Crédito: EsFES

A comunidade do Vale do Caí foi surpreendida com o projeto encaminhado pelo Governo do Estado, para votação na Assembleia Legislativa, propondo a extinção da Escola de Formação e Especialização de Soldados de Montenegro – a EsFES. Ela seria substituída por um centro de treinamento policial. As vagas remanescentes da EsFES de Montenegro seriam remanejadas para a estruturação da escola de Porto Alegre. E o 27º BPM, com sede em São Sebastião do Caí e que abrange dez municípios, será transformado em 5ª Companhia Independente de Polícia Militar.

Pelo projeto do Governo, Batalhão do 27º BPM vira 5ª Companhia Independente
– Crédito: Arquivo

O projeto, que foi encaminhado pelo governador Eduardo Leite na última sexta-feira, 28 de novembro, dispõe sobre a “Organização, a Estrutura Básica e o efetivo da Brigada Militar e dá outras providências”. A proposta ingressou em caráter de urgência e segue sob análise, devendo ser votada em breve. “Isso nos pegou de surpresa. Não estava nos 21 projetos anunciados pela Casa Civil. Não entendemos o motivo do Governo enviar sem nenhum diálogo com a população, especialmente para o Vale do Caí. São duas mudanças significativas. O rebaixamento do Batalhão de São Sebastião do Caí para companhia independente, o que ao nosso ver diminui ainda mais o já prejudicado quadro de porte de efetivo à região. E, o pior de todos os pontos, e que nos deixou indignada: o fechamento da Escola da Brigada Militar em Montenegro. Não encontramos lógica nenhuma nessa decisão do governo”, protesta a vereadora Josi Paz, de Montenegro, que esteve na Assembleia Legislativa ainda ontem, terça-feira, dia 2, verificando a situação da proposta.

EsFES já formou muitos soldados em Montenegro
– Crédito: Arquivo

A EsFES recebeu melhorias para recuperação de sua estrutura, após os danos causados pelas enchentes, e se tinha até então a garantia de sua permanência, já que é referência nos 51 anos de formação de soldados e cursos de qualificação. A previsão era do ingresso de mais 300 alunos soldados no início de 2026. Outras autoridades de Montenegro manifestaram a importância da mobilização para manutenção da escola. O prefeito Gustavo Zanatta mudou a agenda e se deslocou para Porto Alegre no início da manhã desta quarta-feira para verificar as medidas que podem ser tomadas na busca por manter a EsFES em Montenegro. “Já estamos mobilizados”, frisa o vice-prefeito Cristiano Braatz, que fez contato também com o presidente da Câmara, Talis Ferreira, o qual busca contatos no sentido de marcar uma reunião com o Governo do Estado.

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