Dois presos em São Sebastião do Caí na operação contra facção criminosa
Entre os cerca de vinte presos na Operação Tríade, duas prisões foram efetuadas em São Sebastião do Caí. As prisões foram confirmadas pelo delegado Joel Wagner, responsável pela operação. Segundo ele, foram duas prisões preventivas. O delegado explica que seriam indivíduos que adquirem drogas da facção e revendem em São Sebastião o Caí e região. Em nove cidades do Estado também foram cumpridas ordens judiciais de busca, incluindo prisões, sequestro de bens e bloqueio de contas bancárias referentes à investigação da organização criminosa ligada ao grupo oriundo no Vale dos Sinos e que domina a distribuição de drogas no Rio Grande do Sul.
A Polícia Civil de São Sebastião do Caí deu apoio na operação, principalmente numa das prisões. Após os policiais caienses irem atrás de um dos indivíduos, o qual inicialmente não foi localizado, ele se apresentou espontaneamente na Delegacia, onde foi se informar sobre o motivo pelo qual estava sendo procurado.
Participaram da operação cerca de 200 Policiais Civis. A investigação da 3ª DIN/DENARC iniciou em 2023, quando foi localizado um “bunker” em Novo Hamburgo. Na oportunidade, foram apreendidos em sua posse 4 pistolas, 3 delas de calibre .9mm e uma calibre .380, 3 capas de colete balístico, 2 carregadores prolongados, 101 munições calibre .380, 159 munições calibre .9mm, 30 munições .38, 2,54kg de crack, 1,04kg de cocaína, balança de precisão, rádio comunicador, 1 kit roni, 1 granada tipo morteiro, cadernos de anotações relacionados ao tráfico de drogas, cerca de R$ 46.000,00 em espécie, além de aparelhos telefônicos.
Ao longo das investigações, diversas prisões em flagrante de membros da organização foram realizadas, junto com a apreensão de quantidades de drogas e armas, como a ação realizada em 6 de junho deste ano, quando foram apreendidos aproximadamente 3kg de cocaína, uma pistola calibre .9mm, balanças de precisão, objetos utilizados para preparação da droga, R$ 26.534,00 em espécie, telefones celulares e documentos. A organização movimentou milhões de reais entre 2023 e 2024 (cerca de 1.000 kg drogas mês, principalmente cocaína e crack, ao preço médio de R$ 25.000,00 o kg, chegando ao montante mensal de R$ 25.000.000,00), utilizando esquemas de lavagem de dinheiro, empresas de fachada e transações em dinheiro vivo.
Também foi constatado que a facção negociava armas de fogo, com suspeitas recaindo sobre um clube de tiro que facilitava as aquisições ilegais. Entre os investigados, destaca-se um dos líderes do primeiro núcleo, que, condenado a 176 anos de prisão, rompeu a tornozeleira e fugiu, após ser beneficiado com prisão domiciliar humanitária. Esse indivíduo organizou no ano de 2017 um plano de Fuga em massa de presos no antigo Presidio Central, por meio de um túnel, o qual foi localizado pela Polícia Civil, sendo posteriormente destruído.
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