Menos da metade das máquinas e veículos da Prefeitura estão em condições de uso
De um lado, máquinas, tratores, carros e retroescavadeiras parados, com desgaste aparente e mato já entrando pelas cabines dos veículos. Do outro, todo tipo de material jogado no chão: telhas, lâmpadas, madeiras, ferros, entre outros, muitos deles até com condições de serem reutilizados. Em frente, um amontoado de lixo: sacos plásticos, vidros e outros entulhos, inutilizando uma grande extensão do terreno. Em certos pontos, a altura da pilha de resíduos chega a mais de três metros. Esse era o cenário mostrado pela Prefeitura de Montenegro no levantamentos das secretarias de Viação e Serviços Urbanos e de Desenvolvimento Rural, sobre o estado do chamado “pátio” da Prefeitura.
De acordo com o titular da Secretaria de Viação e Serviços Urbanos, Neri de Mello Pena, o “Cabelo”, o setor possui 44 veículos, no entanto, apenas 16 estão disponíveis. Do restante, oito não passam de sucata à espera de leilão e 20 requerem manutenção. “Isso atrapalha a prestação dos serviços”, destaca. É um problema que se arrasta há anos e que precisa ser resolvido.
Preocupada com a segurança, principalmente, dos servidores que trabalham no local e com a situação dos equipamentos e materiais que estão dispostos no terreno, a Administração Municipal decidiu fazer uma mudança radical no cenário. Iniciou uma ação conjunta de limpeza e organização na Secretaria.
Semelhante é a situação do maquinário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR).
De acordo com o secretário de desenvolvimento rural, Ernesto Kasper, a frota é de 43 máquinas e veículos e 20 estão parados ou aguardando manutenção. Entre eles há caminhões, tratores, carros e retroescavadeiras. Essa situação faz com que toda a demanda do meio rural seja prejudicada. Segundo Kasper, assim como os trabalhos de manutenção que estão ocorrendo na estrutura física da SMVSU, a ideia é agilizar os trâmites processuais para que os veículos retornem à ativa. “Falta também um local próprio para extração de saibro”, ressalta o secretário, destacando que o material é indispensável para aplicação nas estradas.
Em relatório entregue ao prefeito ao fim do primeiro mês de governo, representantes de todos os setores expuseram os principais problemas encontrados em suas secretarias no início desta gestão. O principal é a precariedade dos prédios da administração pública, principalmente os que possuem mais caráter histórico, como o Palácio Rio Branco, o da Secretaria Municipal de Obras Públicas (em frente à sede da Prefeitura) e o Museu de Arte Nice Antonieta Schüler.
Além disso, outros problemas graves foram encontrados na estrutura administrativa do poder público, como é o caso da Secretaria Municipal de Habitação. A irregularidade na entrega das cestas básicas exigiu uma mudança na logística de distribuição dos benefícios. Os problemas também chegam ao maquinário interno da Prefeitura. Muitos setores reclamaram da precariedade de computadores e programas, que acabam deixando todo o trâmite mais moroso, atrapalhando também o atendimento ao público.
“A estrutura está praticamente abandonada”
Uma das primeiras orientações que o prefeito Gustavo Zanatta e o vice, Cristiano Braatz, passaram aos secretários foi a de realizar um levantamento completo sobre a estrutura que encontraram ao assumir. Durante o mês de janeiro, os novos dirigentes se depararam com uma série de obstáculos à execução de suas tarefas. De máquinas estragadas a prédios gravemente deteriorados, até acúmulo de processos e falta de pessoal em diversas áreas, a lista é grande.
Depois de analisar os relatórios, Zanatta determinou uma série de ações emergenciais, como a compra de peças e equipamentos e a produção de orçamentos para a realização de melhorias. Também foi criado um grupo de trabalho para a reorganização do “pátio”. O prefeito lamenta a situação. “Está claro que há muito tempo não há uma preocupação com a manutenção dos prédios públicos, inclusive os alugados”, lamenta. “A má condição das instalações coloca os servidores em risco e impede uma prestação de serviços adequada”, ressalta.
O prefeito está particularmente preocupado com a situação do Palácio Rio Branco. “As infiltrações, a precariedade da rede elétrica e o desgaste provocado pelos cupins são preocupantes”, constata. O quadro tornou ainda mais urgente a necessidade de iniciar a construção do novo centro administrativo.
Máquinas e equipamentos
Secretaria de Viação e Serviços Urbanos
Em manutenção
– retroescavadeira/pá carregadeira Case, ano 2000
– caminhão Iveco Fiat Eurocargo ano 2002
– retroescavadeira e pá carregadeira XCMG modelo WZ 30-25, ano 2010
– Kombi 1.4 total flex, ano 2010
– caminhão Iveco Daily 70C17HDCD, ano 2014
– caminhão M.Benz IK 1214, ano 1989
– tacógrafo 7 dias 24h eletrônico
– caminhão Ford F4000, ano 2000
– Fiat Uno Mille Fire, ano 2003
– Fiat Uno Mille Fire, ano 2006
– Kombi Standard 1.4, flex, ano 2012
– caminhão Iveco Daily 70C17HDCD, ano 2015
– caminhão toco M. Benz Accelo 815, ano 2019
– carreta para transporte, ano 2007
– trator Agrale 4100, ano 1989
– Fiat Uno Mille fire flex, ano 2005
– microtrator Tramontini, ano 2006
– veículo Fiat Uno Mille Economy, ano 2009
– carreta plataforma, ano 2012
– micro trator TC11 Yanmar, ano 1989
Para leilão
– motoniveladora marca XCMG modelo GR180 ano 2010
– rolo compactador vibratório Tandem, ano 2007
– retro, pá carregadeira mod 58l4x2, ano 2004
– motoniveladora New Holland mod RG 140.b, ano 2005
– caminhão Ford F12000 diesel, ano 1994
– trator Ford D4NN4024B, ano 1989
– caminhão Iveco Fiat MD Eurocargo, ano 2002
– ônibus Mercedes (unidade médica e odontológica), ano 1989
Na ativa
– minicarregadeira New Holland 55L L220, ano 2019
– caminhão Ford F350, ano 2005
– retroescavadeira Case 58ON TCA, ano 2007
– minicarregadeira Bobcat, ano 2011
– semireboque mod 697505, ano 2011
– caminhão Ford Cargo 2422CN, ano 2012
– rolo compactador compact solo Hamm 3411, ano 2014
– retroescavadeira mod 580N 4×4, ano 2015
– ambulância Mercedes Benz Sprinter 312d, ano 2000
– caminhão Volkswagen 8.150E delivery, ano 2006
– caminhão Ford Cargo 1319 basculante, ano 2012
– escavadeira hidráulica, JS220LC, ano 2019
– rolo compactador MRR-1700, ano 2019
– retroescavadeira Case 580n, ano 2019
– caminhão com tanque hidrojato MB Atego 1726, ano 2019
– escavadeira hidráulica DOOSAN modelo DX225LCA, ano 2018
Secretaria de Desenvolvimento Rural
Em manutenção
– pá carregadeira M. A. Michigan, ano 1996
– motoniveladora M. A. Caterpillar, ano 2001
– pá carregadeira Case, ano 2005
– retroescavadeira New Holland, ano 2006
– caminhonete Ford Ranger, ano 2006
– Fiat Palio ELX Flex, ano 2006
– Fiat Uno, ano 2008
– pá carregadeira XCMG modelo LW300F, ano 2010
– trator esteira Komatsu, ano 2011
– motoniveladora New Holland, ano 2011
– retroescavadeira JCB, ano 2011
– caminhão basculante Iveco EuroCargo 230E24, ano 2011
– Chevrolet Prisma, ano 2012
– retroescavadeira Case, ano 2014
– escavadeira hidráulica Doosan, ano 2015
– escavadeira hidráulica Doosan (mais uma), ano 2015
– caminhão basculante Ford Cargo, ano 2015
Veículos cedidos pelo Estado (em manutenção)
– motoniveladora ano 2000, parada, aguarda renovação da concessão do Estado
– caminhão VW 24.280, parado, aguarda renovação da concessão do Estado
– retroescavadeira Randon, parada, aguarda retirada do Estado
Na ativa
– motoniveladora Cat 12G, ano 1994
– retroescavadeira Case, ano 2000
– caminhão Ford Cargo 815E, ano 2006
– caminhão Ford Cargo 2422E, Ano/Mod 2007, operando.
– reboque Prancha, ano 2011
– caminhão Ford Cargo 1932, ano 2011
– caminhão basculante Iveco EuroCargo 230E24, ano 2011
– caminhão basculante Iveco EuroCargo 230E24 (mais um), ano 2011
– caminhão basculante Ford Cargo 1722 CN, ano 2011
– caminhonete Ford Ranger, ano 2011
– Chevrolet Prisma, ano 2012
– caminhão Iveco Daily, ano 2014
– escavadeira hidráulica Doosan, ano 2015
– caminhão basculante Volvo, ano 2015
– motoniveladora Caterpillar, ano 2015
– pá carregadeira Case, ano 2019
– caminhão basculante M. Benz, ano 2019
– caminhão basculante M. Benz, (mais um) ano 2019
– retroescavadeira Case, ano 2019
– trator LS Tractor, ano 2019
– Chevrolet Spin, ano 2020
Veículos cedidos pelo Estado (em operação)
– trator John Deere, ano 2018
– retroescavadeira Randon, ano 2018
Principais problemas encontrados nos setores
Secretaria Geral (SG)
– Protocolo sobrecarregado e burocrático
– Arquivo – insalubre e sem espaço para novos arquivamentos, com documentos que já poderiam ser descartados
– Prédio da Prefeitura e várias secretarias sem serventes de limpeza
– Palácio insalubre, sem acessibilidade e com vários problemas estruturais
Procuradoria Geral do Município (PGM)
– Prédio antigo e com graves problemas estruturais
– Goteiras sobre materiais e equipamentos
– Computadores obsoletos, que atrasam o desenvolvimento do trabalho
– Aparelhos de ar-condicionado também obsoletos
– Não há software de controle de prazos
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Rural (SMDR)
– Espaço precário, com goteiras e madeiras podres
– Falta de computadores e os que existem estão obsoletos
– Não existe controle de acesso à portaria e aos escritórios
– Pátio totalmente desorganizado, sem divisa com SMVSU. Depósitos de materiais parecem um “lixão”.
– Total falta de controle de entrada e saída de materiais (brita, areia, saibro)
– Grande número de processos pendentes relativos a equipamentos
– Equipamento do Estado pendente de conserto para ser entregue
– Falta de capacitação técnica (cursos)
– Falta de local próprio para extração de saibro – única saibreira licenciada manifestou dificuldade em fornecer material à Prefeitura
– Necessidade de troca do telhado do imóvel da Casa do Produtor Rural
– Risco ambiental: milhares de lâmpadas fluorescentes depositadas de forma inadequada.
Secretaria Municipal de Educação e Cultura (SMEC)
– Prédio sede encontra-se insalubre e inadequado, sem acessibilidade e projetado para uso residencial
– Prédios do Museu e Arquivo Histórico com sérios problemas na estrutura física
Secretaria Municipal de Gestão e Planejamento (SMGEP)
– Prédio encontra-se em condições precárias de manutenção, equipamentos, recursos de trabalho e mobiliário. Há riscos de incêndio, pois a rede elétrica está exposta, não é adequada para suportar todos os equipamentos e todo o arquivo de projetos da cidade está em papel. A umidade e o mofo nos setores beiram a insalubridade
– Faltam licenças de Autocad para equipe de arquitetos e DGEO
– Placas de vídeo do DGEO não suportam sistema existente
– Software QGIS desatualizado e servidores sem treinamento para o uso
– Falta GPS para Georeferenciamento dos pontos da Prefeitura
– Faltam visualizadores de Autocad no setor.
Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania (SMHAD)
– Irregularidades na entrega de cestas básicas
– Prédio em deterioração, sujo e causando risco, com concreto solto, ferragens expostas e goteiras
– Caixas d´água necessitam de troca
– Veículo (Kombi) sucateado e sem chave
– Veículo (Uno) sem chave
– Conserto de calçadas (desprendimento/afundamento do piso no pátio)
– Computadores sem manutenção
– Limpeza, manutenção e conserto do ar condicionado em todas as salas
– Falta de reparos na rede de telefones
– Falta de reparos nos fios elétricos expostos em toda as salas e corredores
– Necessidade de troca de lâmpadas, iluminação adequada em todas as salas
– Janelas sem persianas
– Sem manutenção em banheiros (vasos quebrados e entupidos).
Secretaria Municipal de Indústria e Comércio (SMIC)
– Incubadora empresarial abandonada, virou depósito de materiais.
Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA)
– Prédio sede inadequado e insalubre, com mofo, rachaduras, trincas e infiltrações
– Problemas com falta de pessoal
– Roçadeiras sucateadas
– Aterro sanitário em condições precárias de operação e utilização
– Prensas danificadas: uma quebrada e outra com motor furtado
– Esteira de recicláveis com correia deslocada por mau uso
– Banheiros danificados, prédios de ótima serventia já começam a apresentar sinais de mau uso e patologias da construção.
– Caixas de água abertas e sujas, matos e lixo por todo o entorno do prédio.
– Aterro dispõe de duas retroescavadeiras fora de operação
– Fiscalização Ambiental comprometida devido à falta de motorista
– Licenciamentos ambientais parados.
Secretaria Municipal de Obras Públicas (SMOP)
– Prédio sem acessibilidade
– Problemas com computadores
– Falta pessoal para higienização.
Secretaria Municipal de Viação e Serviços Urbanos (SMVSU)
– Falta de funcionários
– Telefones, computadores e internet obsoletos
– Instalações precárias e falta de manutenção
– Pátio sujo, desorganizado, parecendo um grande lixão
– De 45 veículos do setor: apenas 16 disponíveis, 8 não localizados, e 21 em manutenção ou inservíveis
– Cemitério: falta de espaço para novas sepulturas, vegetação tomando conta e banheiros sem condições de uso.
– Falta de material e controle (venda irregular de sepulturas)
– Ossário cheio.
Fonte: ACOM/Prefeitura
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