Jovem de Maratá que estuda no Catar está trabalhando para a TV da FIFA na Copa do Mundo
A reportagem conversou com a jovem Maiara Lohmann, de 20 anos, natural de Maratá, que está estudando e trabalhando para a FiFA no Catar.
No ano passado Maiara passou para a NorthWestern University, faculdade dos Estados Unidos que tem também um campus internacional no Catar. Passou a estudar jornalismo com um certificado extra em Marketing (Comunicações estratégicas). Ficou atraída pelo fato do curso de jornalismo em que estuda ser considerado o melhor do mundo. Por estar no país da Copa e estudando comunicação, apareceu a oportunidade de atuar em estágio no serviço de transmissão de televisão da Fifa. E foi selecionada para atuar em um dos estádios da Copa. “Eu não esperava. Queria, mas não tinha grandes esperanças. Recebi a oportunidade e estou aproveitando”, disse Maiara, que está justamente no Education City, onde o Brasil vai jogar hoje contra a Croácia ao meio-dia pelas quartas de final da Copa do Mundo.
Desde o Ensino Médio na Escola Engenheiro Paulo Chaves, de Maratá, Maiara conta que sempre esteve engajada em ver a possibilidade de intercâmbios, com interesse em estudar no exterior. E desenvolveu um currículo voltado para estudar em uma faculdade no exterior. Até então não imaginava ir para o Oriente Médio. Esteve em 2019 no México e no mesmo ano participou em Brasília de um programa da Embaixada dos Estados Unidos. Graças ao seu empenho conseguiu uma bolsa de estudos e foi então para o Catar, onde está desde agosto do ano passado.
Maiara diz que inicialmente não tinha certeza se queria cursar jornalismo, mas com o começo das aulas percebeu que gostava muito de comunicação e pretende ser uma profissional da área. Quer terminar a faculdade e fazer pós-graduação. Sobre as diferenças culturais entre Catar e Brasil, diz que tem algumas, como na religião e costumes. Algumas, inclusive, têm recebido críticas durante o mundial. Mas diz que a vida é tranqüila e com a realização da Copa o país está muito mais aberto, praticamente sem restrições. Ressalta que dos cerca de 2,8 milhões de habitantes do país árabe, a grande maioria são estrangeiros que foram morar no Catar. Destaca a importância de respeitar a cultura local. Elogia a segurança, podendo inclusive voltar caminhando sozinha da faculdade durante a madrugada numa cidade grande como Doha, algo que não é possível no Brasil. “É um país maravilhoso de se viver”, elogia, citando que num futuro próximo não pretende retornar ao Brasil.
Maiara ressalta que a Copa tem movimentado muito o Catar. “É um país completamente diferente. Está agitado, recebendo ainda mais culturas diferentes”, cita, sobre a vinda dos torcedores dos mais variados países. “Vai ser difícil se acostumar com o Catar sem a Copa do Mundo”, brinca. “Está sendo incrível, uma experiência maravilhosa”, completa. “Os cataris estão dando um banho de hospitalidade”, diz, enquanto cumprimentava algumas pessoas que passavam, no deslocamento para o estádio em que vai aproveitar também para torcer muito pela classificação do Brasil para as semifinais. “Além de espectadora e na Legacy TV, estou tendo a oportunidade de trabalhar com o time do Brasil como tradutora. A atmosfera está muito boa. Está todo mundo confiante no título. A torcida é forte”, conclui Maiara, acreditando na conquista do hexa.
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