Vale do Caí presta homenagem aos soldados mortos por atirador

Homenagens ocorreram na Escola da Brigada (EsFES) e Comando Regional (CRPO) - Crédito: BM

O segundo policial militar que morreu vítima do atirador em Novo Hamburgo foi sepultado em Canoas no final da tarde de ontem, sexta-feira, dia 25. A família do soldado Rodrigo Weber Volz, de 31 anos, autorizou a doação de órgãos, que vão beneficiar quatro pessoas, entre rins, coração e fígado.

Homenagens ao PM morto ocorreram em todo o Estado, incluindo no Vale do Caí, com continência e toque de sirene no Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO). O mesmo já aconteceu na quinta-feira pela manhã, durante o enterro do soldado Éverton Kirsch Júnior, também de 31 anos.

Massacre

A Brigada Militar foi chamada, por volta de 23h de terça-feira, devido a uma denúncia de maus-tratos a um casal de idosos no bairro Ouro Branco, em Novo Hamburgo, onde o filho estaria impedindo os pais de sair da residência. O inesperado aconteceu porque os policiais foram recebidos a bala por Edson Fernando Crippa, de 45 anos. Além do PM Everton, que tinha ficado pai faz 45 dias, e do soldado Rodrigo, o atirador ainda matou o próprio pai, Eugênio Crippa, de 74 anos; e o irmão dele, Everton Crippa, de 49 anos. Outro brigadiano, de 26 anos, permanece internado em estado grave. A mãe do atirador e a cunhada dele também seguem em estado grave na UTI. Já uma sargento e um guarda municipal também estão internados.

No total são cinco mortos e oito feridos. O atirador foi encontrado morto quando a Brigada invadiu a casa em que estava. Para o comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva (CRPO) Vale do Caí, tenente-coronel Ailton Pereira Azevedo, é um momento difícil da instituição, com a perda de dois colegas. Ele ressalta que a Brigada procura oferecer as melhores condições de trabalho e atendimento. Para que quando essas circunstâncias aconteçam se possa dar o apoio e suporte necessário. Destaca também a importância do treinamento e capacitação para o enfrentamento. Casos como esse, de denúncia de maus-tratos e divergências familiares, são rotineiros nas ocorrências recebidas pela corporação. Mas nunca tinha ocorrido de se transformar em um massacre, com os policiais e os próprios familiares sendo surpreendidos pelo atirador.

O Ministério Público Federal (MPF) vai investigar a documentação que garantiu a Edson Crippa o certificado de colecionador de armas. Ele era dono de quatro armas e farta munição. Conforme a Polícia, tinha histórico de internação psiquiátrica e antecedentes criminais, o que não permitiria ter condições de ter certificado para ser colecionador, atirador e caçador.

Homenagens ocorreram na Escola da Brigada (EsFES) e Comando Regional (CRPO) – Crédito: BM

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