A Polícia Civil está investigando o homicídio ocorrido no final da noite de ontem, terça-feira, dia 15, em que um adolescente de 15 anos matou um homem de 29 anos a facadas no bairro Morro Tico-Tico, em Bom Princípio.

Segundo informações da Polícia, o crime ocorreu por volta de 23h55min, em razão de um desentendimento entre o menor e o outro morador da casa situada no final da Rua Santa Cruz. A vítima ainda chegou a ser socorrida pelos Bombeiros Voluntários de Bom Princípio e levada para a UPA, mas não resistiu em razão das várias facadas. Já o menor foi apreendido pela Brigada Militar e encaminhado para a Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Montenegro para ser apresentado ao Ministério Público, com o acompanhamento do Conselho Tutelar. A vítima foi identificada como Zacarias Silveira da Rosa. A faca usada no crime foi apreendida pela BM.

Conforme o delegado Paulo Ricardo Costa, o agressor alegou que a vítima teria assediado a sua irmã, o que teria motivado a briga. Inclusive relatou aos policiais que uma hora antes, em torno de 23h, os dois já teriam brigado a socos. Depois, em outra discussão, contou que foi quando pegou a faca e desferiu vários golpes em Zacarias, inclusive quando ele caiu ao chão. Disse, ainda, que deixou a faca na mão da vítima e saiu do local para ligar uma música em som alto e se sentar. Declarou que retornou várias vezes até a vítima para cortá-lo e depois sentava novamente. “Retornou a agredir a vítima com a faca quando viu que não estava morto”, diz o delegado. E contou que só parou de desferir os golpes com a chegada da Brigada.

A irmã do acusado, de 24 anos, não foi localizada no local do crime, mas depois ela esteve na Delegacia. “Ela foi ouvida e nada referiu sobre o fato”, diz o delegado, sobre a alegação de assédio que o irmão tinha relatado como motivo da briga. Testemunhas relataram que o adolescente, que não tinha antecedentes criminais, saiu de casa gritando que havia matado Zacarias, sendo em seguida abordado pela Brigada. A Polícia representou pela internação do menor na FASE (Fundação de Atendimento Sócio-Educativo), a antiga Febem, aguardando a decisão da Justiça. “É um fato grave, com crueldade e motivo torpe, possivelmente por vingança e com sinais de psicopatia”, conclui o delegado