Júri com oito réus por assassinato será hoje no Caí

Júri popular aconteceu nesta quinta-feira no Fórum do Caí

Oito homens serão julgados a partir das 7h30 da manhã desta quinta-feira, 25 de maio, no Fórum de São Sebastião do Caí. Os réus são acusados de envolvimento no assassinato de Douglas Finger Ramos, o “Guinho”, de 28 anos, cometido seis anos atrás, no Bairro São Martim, do Caí. Eles foram denunciados pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, tortura e mediante traição).

Douglas Finger Ramos, o “Guinho”, foi morto em 2017 no bairro São Martim

Conforme a denúncia, a execução foi ordenada de dentro do sistema prisional por dois dos réus, sendo um deles o líder na região de uma das maiores facções do Estado. Segundo os promotores de Justiça Lara Guimarães Trein e Eugênio Paes Amorim, que atuarão em plenário, serão ouvidas três testemunhas (duas do MPRS e uma da defesa) antes do interrogatório dos réus. Após, se iniciarão os debates. MPRS e defesas terão 2 horas e 30 minutos cada para se manifestarem. Se tiver réplica e tréplica, o tempo será de 2 horas cada.

Será o júri com maior número de réus no mesmo tribunal já ocorrido na região. Inclusive por isso chegou a ser anunciado para acontecer no Centro de Cultura do Caí. Entretanto, por questões de segurança, a Justiça decidiu realizar o julgamento no Fórum da Comarca e será fechado ao público. Portanto, não será aberto para a população em geral. Um forte esquema de segurança foi montado.

O CRIME

De acordo com a denúncia do MP, em 17 de maio de 2017, parte dos réus encontrou Douglas na frente do Loteamento Popular e o convidou para entrar em um carro. A vítima aceitou o convite, especialmente por estar no grupo um primo seu. Chegando à Estrada do Pinheirinho, no Bairro São Martim, Douglas percebeu que se tratava de emboscada e tentou fugir, mas foi dominado e teria sido torturado com descargas elétricas aplicadas em seu peito com um taser (máquina de choque).

Após, um dos réus ligou para dois comparsas, que estavam detidos na Penitenciária Modulada de Osório, e ouviu a ordem para executar Douglas em razão de desavenças e desentendimentos decorrentes do tráfico de drogas. Douglas levou dois tiros, tendo um atingido a cabeça. Também teve parte do corpo queimado. Na ocasião foi o sétimo homicídio ocorrido em menos de cinco meses de 2017 no Caí. Segundo a Polícia, a maioria dos crimes estavam relacionados com acertos de contas por dívidas com o tráfico de drogas.

Dos oito réus, apenas um está solto. O júri popular será comandado pela juíza Priscila Anadon Carvalho. Seis acusados serão defendidos pela Defensoria Pública e dois por advogados particulares.

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