Megaoperação contra facção teve buscas no Pesqueiro
A megaoperação policial deflagrada nesta terça-feira, dia 19, contra uma facção criminosa sediada no Vale do Sinos, teve também buscas no Vale do Caí e a participação de policiais da região.
Entre as 38 cidades, do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, que foram cumpridos 1.368 mandados judiciais, está Montenegro. É que também tiveram buscas na Penitenciária Estadual do Pesqueiro, que recebe grande parte dos presos do Vale do Sinos. Muitos líderes, mesmo de dentro da cadeia, conseguem comandar o crime organizado. Mas hoje a Operação Kraken, uma das maiores já realizadas no Estado, deu um grande desfalque na organização envolvida em diversos crimes.
A investigação durou cerca de um ano e meio, por parte da Polícia Civil, com o apoio do Ministério Público. Das 66 ordens de prisão, alguns foram cumpridos em presídios. Também ordens para apreender 102 veículos e até duas aeronaves, além de 38 imóveis, 812 bloqueios fiscais e financeiros, ligados até a bolsa de valores, 190 sequestros judiciais de contas bancárias, com apreensão de cerca de 50 milhões de reais.
No total mais de 1,2 mil policiais civis e militares, além de bombeiros, policiais rodoviários e agentes penitenciários, participaram dessa que foi considerada a maior operação policial da história. A concentração dos agentes ocorreu na sede da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), em Porto Alegre. O grupo criminoso é acusado também de envolvimento na guerra entre facções na capital, que já causou 25 mortes em um mês. E também de envolvimento no tráfico de drogas e armas, assaltos, roubo de veículos, entre outros delitos.
Policiais civis do Vale do Caí também foram convocados para participarem da operação. As equipes foram deslocadas para cumprimento de diligências em Novo Hamburgo, onde houve a busca de veículos, e em São Leopoldo, num estabelecimento comercial que seria usado para a lavagem de dinheiro da facção criminosa investigada.
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