Caienses se manifestam contra o pedágio no Caí
Na noite de ontem, quinta-feira, dia 2, ocorreu no salão paroquial da igreja Matriz de São Sebastião do Caí uma audiência pública para tratar da concessão da RS 122 e a possível instalação de uma nova praça de pedágio no trecho do Caí. O encontro teve uma boa participação, incluindo a presença de autoridades e lideranças, que fizeram as suas manifestações, como o prefeito Júlio Campani, deputados estaduais Issur Koch (PP) e Vilmar Zanchin (MDB), além de vereadores e pessoas da comunidade.
Conforme o vereador César Júnior, proponente da audiência pública, foram definidas duas deliberações, as quais foram votadas pelas pessoas presentes. “A comunidade se manifestou contrária a instalação de um pedágio em São Sebastião do Caí. E também contra ao modelo de concessão das rodovias estaduais, em especial a RS 122”, destaca. Será elaborada uma ata que será entregue ao Governo do Estado, Assembleia Legislativa e demais órgãos, para mostrar o resultado da audiência pública.
No projeto de concessões, o governo estadual anunciou a desativação do pedágio de Rincão do Cascalho (Portão), com a instalação de duas novas praças, sendo uma no trecho entre Caí e Bom Princípio da RS 122 e outra entre Montenegro e Capela de Santana na RS 240 ou RSC 287. Mas tem sido muito grande a resistência por parte dos municípios, principalmente quanto aos altos valores das tarifas propostas, que ao contrário do existente hoje no pedágio comunitário do Portão, administrado pela EGR, com a privatização passará a ter cobrança nos dois sentidos e sem direito de isenção aos moradores locais, devendo ter apenas descontos para usuários mais freqüentes.
Após a realização das audiências e consulta pública, devido a resistência o processo das concessões e novos pedágios está passando por revisão. A meta do governo era de lançar o edital neste mês de setembro e realizar o leilão em dezembro para definir as empresas vencedoras das concessões, mas os prefeitos e lideranças da região pedem o adiamento do processo para a partir de 2023, podendo assim o tema ser inclusive discutido por candidatos nas eleições do próximo ano.
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