Instalação de mais pórticos de free flow é a principal alternativa para reduzir os valores das tarifas nos pedágios de São Sebastião do Caí e Capela de Santana. Assunto foi discutido em Audiência Pública realizada no Caí e terá nova mobilização na próxima terça-feira na Assembleia Legislativa.

Com a presença de prefeitos e lideranças, e com uma grande participação no Centro de Cultura de São Sebastião do Caí, foi realizada na noite de segunda-feira, dia 15, uma audiência pública para discutir o impacto da cobrança dos novos pedágios free flow na região, propondo uma cobrança mais justa para os usuários da rodovia. O evento foi organizado pelo gabinete da deputada estadual Sofia Cavedon e Comissão de Segurança, Serviços Públicos e Modernização do Estado, com apoio da Prefeitura e Câmara de Vereadores de São Sebastião do Caí. Foi aberto para manifestações dos participantes e serão feitos encaminhamentos para ampliar a discussão na Assembleia Legislativa.

Conforme a deputada Sofia Cavedon (PT), o debate com a comunidade foi unânime em exigir do Governo do Estado e da concessionária, a implementação imediata do parcelamento que o sistema free flow permite e a isenção das comunidades que são impactadas pela praça de pedágio dentro da comunidade. Para o prefeito caiense Júlio Campani, uma das principais medidas em foco é a colocação de novas leitoras de placa, ou seja, mais pórticos de free flow, para fracionar a tarifa do pedágio. No seu entender, isso se torna mais justo, com o pagamento de acordo com o número de quilômetros rodados. Campani já tinha falado anteriormente na instalação de um novo pedágio próximo da divisa de São Sebastião do Caí com Bom Princípio, em agosto, o que reduziria a tarifa do free flow no Caí pela metade. Defendeu também a isenção para todos os moradores do município atingido e desconto para usuários frequentes.

Atualmente moradores de bairros mais próximos ao pedágio do km 4,6 da ERS-122, como do Areião, Conceição e São Martim, tem direito a subsídio para um veículo por imóvel, concedido pela Prefeitura. Já em Capela de Santana não foi concedido nenhum subsídio.

No encontro, a deputada entrou em contato com o secretário-chefe da Casa Civil do Estado, Artur Lemos, solicitando reunião com a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos do Rio Grande do Sul (Agers) e o convidou para buscarem nova reunião com o no Tribunal de Contas do Estado (TCE) que já tem processo em andamento sobre a situação.

Outra questão levantada pelos moradores durante a reunião, foi a retirada de mais de 20 tendas de venda de frutas e produtos coloniais, das margens da ERS-122, no trecho entre São Sebastião do Caí e Bom Princípio.

Na próxima terça-feira, dia 23, está prevista uma nova mobilização, desta vez na Assembleia Legislativa, em Porto Alegre.