Fisiculturista acusado de matar companheira vai a júri popular

Crime de feminicídio ocorreu em Montenegro em janeiro deste ano - Crédito: Redes Sociais

Acusado de matar a companheira, o fisiculturista Alexsandro Alves Gunsch, de 48 anos, deverá ser submetido a júri popular. Nesta semana saiu a sentença de pronúncia do réu, que se encontra preso. Com isso, a Justiça decidiu que ele deverá ser julgado por feminicídio em tribunal de júri. A defesa do acusado tinha pleiteado justamente a desclassificação do procedimento do júri.

A personal trainer e também fisiculturista Débora Michels Rodrigues da Silva, a “Deby”, de 30 anos, foi morta na madrugada do último dia 26 de janeiro na localidade de Vendinha, no interior de Montenegro. Baseado na denúncia do Ministério Público, a juíza Débora Vissoni, da 1ª Vara Criminal, considerou a gravidade concreta do fato, sendo mantida a prisão preventiva do acusado. Foi considerado que o crime foi cometido por motivo torpe e meio cruel, mediante emprego de asfixia, com recurso que dificultou a defesa da vítima, em contexto de violência doméstica e familiar, com incidência na Lei dos Crimes Hediondos.

A defesa ainda tem o direito de recorrer. Após transitada em julgado a decisão de pronúncia, é aberta a oportunidade para a acusação e defesa apontarem quem deve ser ouvido em plenário, sendo então marcada a data do julgamento. O promotor de justiça Paulo Vieira, que fez a denúncia, acredita que o júri deve ser agilizado porque o réu se encontra preso. Entretanto, existem outros julgamentos marcados. Por isso a expectativa é de que o júri popular venha a ser realizado no início do próximo ano.

A família da vítima diz que espera por justiça. Após a morte, o corpo de Deby foi deixado na calçada em frente a residência dos pais, sob um cobertor, no bairro Centenário.

A advogada Daniela Schneider Couto afirma que a defesa ainda não foi intimada da decisão do Judiciário, mas adiantou que deverá recorrer da decisão de realização de júri popular. Em depoimento à Polícia, Alexsandro Gunsh alegou que teria ocorrido uma briga e que o casal teria trocado agressões. Ele declarou ter pego a companheira pelo pescoço, levantado e arremessado contra um guarda-roupas. Foi quando ela teria passado mal e disse que a colocou no carro para levar ao hospital, mas no caminho percebeu que a companheira já estava sem vida e devido ao desespero decidiu deixar o corpo em frente à casa dos pais dela. Já a acusação entende que o crime teria ocorrido de forma premeditada, após o réu ter consumido cocaína e não aceitar o fim do relacionamento.

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