Emater alerta para os riscos do Greening em pomares cítricos
A visita do chefe de escritório da Emater de Tupandi, Gelcy Baumgarten, ao prefeito Paulinho Ludwig, trouxe um alerta sobre os riscos do Greening. A doença é grave e afeta os pomares de citros, representando a maior ameaça à citricultura mundial.
Segundo Gelcy, o trabalho de orientação e alerta faz parte de uma campanha da Emater em todo o Estado, com foco na prevenção da entrada da doença no Rio Grande do Sul. “O Greening é causado por uma bactéria transmitida pelo inseto vetor Diaphorina citri, um psilídeo que, ao se alimentar de uma planta doente, adquire o agente causador da doença e o transmite a plantas sadias”, explica.
Conforme o extensionista, a doença compromete a saúde das árvores, causa o amarelecimento das folhas em manchas conhecidas como “mosqueado”, deformações e maturação irregular dos frutos, sementes abortadas e, em muitos casos, leva à morte das plantas. Também reduz drasticamente a produtividade dos pomares, tornando a citricultura inviável onde está presente.
O Rio Grande do Sul, até o momento, segue livre da doença, o que torna ainda mais importante o esforço de prevenção. No Brasil, o Greening já foi registrado em São Paulo (2004), Minas Gerais (2005), Paraná (2007), Mato Grosso do Sul (2019) e Santa Catarina (2022). A doença também está presente na Argentina (desde 2012) e, mais recentemente, no Uruguai (2022), o que aumenta a preocupação da Secretaria da Agricultura, pois o Estado gaúcho é atualmente o único da região Sul que não registra a presença da doença.
Gelcy destaca ainda que a principal forma de prevenção é a aquisição de mudas certificadas, oriundas de viveiros registrados e fiscalizados. “Os produtores devem evitar a compra de mudas de origem desconhecida ou sem certificação, uma vez que essas são as principais vias de introdução da doença em novas áreas”, esclarece.
Além disso, a Emater disponibilizou ao município uma minuta de lei que propõe métodos de controle e estabelece regras para a aquisição de mudas em nível municipal, como forma de garantir a procedência e a sanidade das plantas utilizadas nos pomares locais.
O secretário da Agricultura e Meio Ambiente, Alceu José Schneider, reforça a importância da prevenção. “A citricultura é uma das bases da nossa agricultura familiar e gera renda para muitas famílias tupandienses. Por isso, precisamos estar atentos, adotando medidas de cuidado e conscientização para manter nossos pomares livres dessa ameaça”, destaca.
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