Presos vão estudar em sala de aula, dentro da Penitenciária
A Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro (PMEM), situada na localidade do Pesqueiro, realizou, na tarde da última terça-feira, dia 22) a cerimônia de inauguração do Núcleo Estadual de Educação de Jovens e Adultos (NEEJA) Paulo Freire. O novo espaço possibilitará o ensino de cerca de 24 apenados da unidade, que serão divididos em duas turmas entre os turnos matutino e vespertino.
O evento contou com a presença do diretor do Departamento de Tratamento Penal (DTP), Cristian Colovini, que esteve representando o Superintendente, José Giovani Rodrigues de Souza, do diretor do estabelecimento prisional, Edson Neves, e do prefeito de Montenegro, Gustavo Zanatta. Também estiveram presentes representantes do NEEJA e da Secretaria Estadual de Educação.
Este é o 59º estabelecimento prisional do Rio Grande do Sul a ter uma atividade de educação formal vinculada ao NEEJA, seja de forma centralizada, ou não, já que alguns professores atuam onde não há uma escola fixa. Ao todo, são 112 unidades localizadas no Estado.
Para o diretor do DTP, a inauguração de um novo NEEJA é sempre um orgulho para a instituição. “É um evento que nos enche de esperança, porque nós estamos expandindo a educação prisional para um número cada vez maior de pessoas privadas de liberdade”, afirmou.
Já o diretor da Penitenciária destacou que a inauguração do NEEJA Paulo Freire é a concretização do atendimento a uma área que ainda carecia dentro do seu projeto de gestão: a educação. “É um espaço de suma importância para a humanização da pena e, indiretamente, para a segurança. Toda atividade que ocupa o tempo dos apenados, seja ela pedagógica, lúdica ou laboral, tranquiliza o ambiente”, disse.
As salas que serão utilizadas para a realização das atividades foram reformadas com a utilização de mão de obra prisional, e a previsão de início das aulas é no mês de abril. De acordo com a futura diretora da escola, Vera Franco, esta é uma oportunidade para os apenados retomarem um caminho que foi desvirtuado durante as suas jornadas de vida. “Muitos não tiveram a oportunidade de estudar ou simplesmente acabaram largando a escola por terem que trabalhar”, salientou. “No entanto, nós percebemos que eles realmente têm a necessidade de aprender”, completou a diretora.
0 Comentários