Golpista usa endereço de Montenegro para pedir doações

Algumas pessoas se sensibilizaram com um pedido de ajuda postado nas redes sociais. “Estou implorando. Aceito qualquer ajuda. Arroz, feijão, leite para as minhas filhas ou só um prato de comida. Qualquer coisa”, constava na solicitação, divulgada em um grupo de facebook de Montenegro e compartilhado em outros, incluindo de WhatsApp. “Troco meu celular por recarga de gás. Aceito emprego de faxina, limpeza e corte de grama. Faço qualquer bico. Só quero fazer almoço para minhas filhas. Venho aqui me humilhar. Sei que é vergonhoso, mas não sei mais o que fazer”, completava o texto, com um número de PIX para doações e o endereço onde a suposta família estaria morando, com o nome da rua e número da casa, no bairro Aeroclube. E ainda tinha em anexo fotos do armário vazio, pessoas e de um botijão de gás.
A suspeita de golpe se confirmou quando um homem e sua filha foram até o endereço. Preocupados com a situação relatada, prepararam comida e levaram um jantar para quatro pessoas, além de mantimentos. No local encontraram uma casa de alvenaria com carro na garagem. E a família residente informou que não está passando fome e nem fez qualquer tipo de pedido de ajuda.
Uma moradora, de 64 anos, que reside no imóvel faz 16 anos, juntamente com filha e neta, lamentou que estão usando o endereço da família para aplicar um golpe. “Felizmente não estamos precisando”, disse. “Não conhecemos essa pessoa que fez a postagem”, completou.
Foi feito contato com uma administradora do grupo de facebook onde saiu a publicação. Por orientação do delegado Marcos Eduardo Pepe, titular da 1ª Delegacia de Polícia, foi sugerido que fosse retirada a publicação e feita a exclusão do estelionatário do grupo, o que foi feito pela administradora. Pelo que se verificou através do CPF, o golpista não tem endereço em Montenegro e sim em outras cidades do Rio Grande do Sul e de outros Estados.
“As pessoas têm que conferir para quem estão ajudando e se as doações estão realmente chegando em quem necessita”, ressalta o delegado Pepe, lembrando que grande parte das ocorrências registradas na Delegacia são de estelionato.



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