Mês de São Miguel: setembro tem risco de enchentes?

Sem El Niño, não se tem previsão de grandes enchentes - Crédito: Arquivo

A proximidade do mês de setembro e da chegada da Primavera sempre traz a preocupação com o histórico de enchentes deste período. É a época das chamadas “Enchentes de São Miguel”, com referência as chuvas volumosas e inundações que já aconteceram.

A meteorologista Estael Sias, da MetSul, lembra que a Primavera é uma estação de transição climática e por isso costuma ser de extremos no Rio Grande do Sul. Algumas das maiores enchentes da história aconteceram nessa época, entre elas em setembro de 1967 e no mesmo mês em 2023. Dois anos atrás, a catástrofe deixou mais de 50 vítimas no Vale do Sinos. Mesmo que depois disso as maiores enchentes tenham ocorrido em novembro de 2023 e principalmente em maio do ano passado, setembro ainda segue como um mês que causa preocupação.

Neste último fim de semana voltaram a ocorrer enchentes no Rio Grande do Sul, sendo registradas inundações na região sul. Em maio e junho aconteceram inundações no Vale do Caí. A meteorologista da Defesa Civil do Estado, Cátia Valente, afirma que o risco de grandes enchentes é menor neste ano, já que não tem o El Niño. Os modelos climáticos apontam para uma Primavera com chuva abaixo da média na maior parte do sul do Brasil. Entretanto, a atmosfera global mais quente retém mais vapor d’água, o que favorece episódios de chuva intensa. Com isso, as enchentes de 2023 e 2024 dificilmente não se repetir neste ano, mas o Estado permanece vulnerável. Além do risco de eventos extremos, os leitos de rios e arroios foram alterados pela grande inundação do ano passado, com a devastação das margens e o assoreamento. É o caso do rio Caí. Mesmo que não se tenha o grande volume de chuva que resultou na maior inundação da história, o risco de enchentes continua.

0 Comentários

Deixe um Comentário

dezessete − onze =

Login

Welcome! Login in to your account

Remember me Lost your password?

Lost Password