Os advogados de defesa do réu Elias dos Santos Silvestre ingressaram com recursos contra a condenação de 85 anos de prisão pelo estupro e morte da enteada Jordana Tamires Christ Watthier, de 13 anos. O recurso, contra a sentença, foi encaminhado para a Justiça no último dia 21 de abril e ainda não foi julgado.

O júri popular ocorreu no Fórum de São Sebastião do Caí no último dia 7 de abril. Elias, de 40 anos, matou Jordana em 4 de abril de 2021. O corpo foi encontrado na manhã do domingo de Páscoa, na localidade de Santa Teresinha, junto a margem do arroio Forromeco. Após o crime brutal, o acusado chegou a fugir para São Sebastião do Caí e Montenegro, mas acabou se entregando para a Brigada Militar cinco dias depois, em Teutônia, onde moravam seus familiares. Desde então está preso. O acusado já tinha antecedentes por três crimes sexuais, sendo dois contra menores, de 14 e 15 anos, e um roubo, tendo sido condenado a 12 anos de prisão e estava em liberdade condicional.

Momentos antes de iniciar o julgamento no Caí a defesa chegou a pedir o adiamento do júri, questionando a integridade mental do réu, com a tese de semi-imputabilidade e necessidade de perícia médica. Em caso de insanidade, poderia ser encaminhado para internação e tratamento, com revisões periódicas. O julgamento foi mantido e o réu condenado por homicídio quintuplamente qualificado, incluindo meio cruel, dissimulação, ocultação de estupro e motivo torpe. Agora os advogados do réu, que chegaram a manifestar renúncia, retomaram o caso e entraram com a apelação, ainda devendo apresentar os motivos ao Tribunal de Justiça.