Pedágio no Caí deve ter tarifa básica de R$ 11,90 mais o reajuste pelo IPCA
Desde 1º de fevereiro deste ano, algumas das principais rodovias estaduais que cortam a região estão sob responsabilidade da concessionária Caminhos da Serra Gaúcha (CSG). A empresa foi a vencedora do leilão de licitação do ano passado, no programa de concessões do Governo do Estado, assumindo a manutenção de 271 quilômetros do lote 3. Entre as rodovias concedidas está a ERS 122, antes administrada pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). A expectativa é de que, com os recursos oriundos do pedágio, que teve um aumento de 83% nas tarifas na praça de Portão, poderão ser realizadas obras importantes, incluindo melhorias na pavimentação, duplicação, trevos de acesso, passarelas, sinalização, ciclovia, iluminação e serviços de ambulância e guincho.
Pelo contrato, a CSG deverá administrar e explorar as rodovias por trinta anos, prometendo um investimento de R$ 3,4 bilhões. Entretanto, as melhorias devem ocorrer de forma gradativa, com as obras mais relevantes acontecendo só a partir do próximo ano. Em menos de um ano a praça de Portão deverá ser desativada e dois novos pedágios estão previstos para serem instalados na região, sendo um no km 4 da ERS-122, em São Sebastião do Caí, altura do bairro Areião, perto da Divisa com Portão. E o outro no quilômetro 30 da ERS-240 na localidade de Paquete, junto à divisa de Montenegro com Capela de Santana. As novas praças de pedágio devem ser instaladas em fevereiro do próximo ano. A tarifa básica no novo pedágio da ERS 122, no Caí, será a mesma de hoje, em que está sendo cobrado R$ 11,90 para automóveis, mais o reajuste anual pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) da inflação. Nas novas praças a cobrança ocorrerá nos dois sentidos e não tem previsão de isenção de tarifa para os moradores locais.
Diretor executivo da concessionária, Paulo Negreiros, cita que neste primeiro ano de concessão estão previstos trabalhos iniciais, incluindo capina, roçada, limpeza, drenagem através de liberação de bueiros, reforma de pontes, tapa-buraco e outros serviços. Ressalta que inicia com uma intervenção mais leve para colocar as rodovias num estado mínimo de conservação para o usuário. Inclui ainda sinalização e recuperação de pontos considerados críticos, com maior ocorrência de acidentes, bem como a prestação de serviços como socorro mecânico com guincho e ambulâncias, inclusive tendo uma base operacional em São Sebastião do Caí. Paulo Negreiros diz que para o segundo ano de contrato deve iniciar obras de maior relevância, como duplicação no trecho da Serra.
O prefeito de São Sebastião do Caí, Júlio Campani, com o apoio de lideranças locais, tem buscado reverter a situação, entendendo que o pedágio trará grandes prejuízos para os moradores do município, principalmente da região do Areião. Campani já propôs a mudança do local da praça e a isenção para moradores locais. Mais recentemente esteve na Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados (AGERGS), questionando o valor abusivo das taxas do pedágio.
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