Homem morto em assalto ao ser atropelado pelo seu carro lutava contra grave problema de saúde
A Polícia Civil segue investigando as circunstâncias da morte de um morador do bairro São Paulo, em Montenegro, ocorrida na manhã desta segunda-feira, 1º de agosto. Familiares de Maurício Valdivia, de 54 anos, pedem por justiça.
Conforme foi apurado pela Brigada Militar e Polícia Civil, no início da manhã um indivíduo procurou por Maurício em sua casa pedindo por ajuda, alegando que o pneu de seu carro tinha furado e solicitando carona. Prontamente Maurício prestou auxílio, fazendo a corrida. Mas conforme a Polícia era mentira, já que o acusado nem carro têm.
Na estrada de chão batido entre as localidades do Muda Boi e Fortaleza teria sido anunciado o assalto. E logo após sair do seu automóvel Fiat Palio, a vítima foi atropelada pelo criminoso, por seu próprio carro. Ele foi socorrido pelo Samu e levado ao Hospital Montenegro (HM), mas não resistiu aos graves ferimentos e veio a falecer.
Através do sistema de videomonitoramento, a Brigada Militar descobriu a rota de fuga do acusado e o localizou em Triunfo, onde foi preso e encaminhado para a DPPA, sendo indiciado por latrocínio (roubo seguido de morte).
Segundo a Polícia, o acusado, que já tinha antecedentes criminais, inclusive por roubo de outro carro, confessou que pretendia vender o Fiat Palio por 400 reais.
Conforme informações de familiares, Maurício, também chamado de “Dule”, era bastante conhecido e estimado. “Ele trabalhou muito a vida toda. Fazia quatro anos que estava esperando por uma cirurgia no SUS devido a um acidente com o caminhão que ele trabalhava, quando perdeu os movimentos de um lado do corpo. Não tinha condições físicas de trabalhar, mas tinha que se virar como podia para não passar fome”, conta uma sobrinha. Por isso fazia algumas corridas para pessoas conhecidas. Mesmo com as dores no corpo, seguia na luta, com esperança de melhorar após a cirurgia. Mas aí foi vítima de uma atrocidade.
Os familiares esperam que o autor do crime pague pelo que fez. “Foi uma brutalidade. Matou um guerreiro, honesto e trabalhador, que não tinha como se defender, Foi uma covardia. Ele se ajoelhava e assentava pedras para ganhar o dinheiro dele honestamente. Esperamos por justiça”, declara um parente da vítima.
Maurício deixa quatro filhos, demais familiares e muitos amigos. A despedida, com velório e funeral, ainda não está definida, dependendo do horário da liberação do corpo no Instituto Médico Legal (IML) em Porto Alegre.
0 Comentários