Montenegro será um dos municípios mais atingidos pelo “tarifaço”

Tarifa de 50% foi assinada pelo presidente Donald Trump - Crédito: Reprodução

Foi assinada nesta quarta-feira, dia 30, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a ordem executiva que impõe tarifa adicional de 40% sobre produtos brasileiros. Com isso a taxa total, do chamado tarifaço, chega a 50%. A medida, que começa a valer em 1º de agosto, é justificada pelo governo norte-americano como forma de “lidar com políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil que constituem uma ameaça incomum e extraordinária à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos”. A lista do tarifaço deixou de fora 694 produtos, que vão desde petróleo, carvão, suco de laranja, minério de ferro, madeira e óleos, até equipamentos elétricos, aviões e drones.

No Rio Grande do Sul, a cidade que deverá ser mais atingida pelo tarifaço deverá ser Santa Cruz do Sul, do Vale do Rio Pardo, onde as exportações representaram 7,3% do PIB regional do ano passado, com destaque para o tabaco, principal produto exportador do Estado. Em seguida vem Montenegro, com 6,56%, seguido de Novo Hamburgo, São Leopoldo e Bento Gonçalves. O levantamento foi feito pelo Instituto Fecomércio de Pesquisa (IFEP-RS). Além do tabaco, produtos como couro, calçados, móveis, borracha e armamentos estão entre os mais afetados.

No caso de Montenegro, o maior impacto está na produção de armas e munições, seguido por peles e couros, que representam 60% do faturamento e em torno de 480 empregos. Em seguida vem material de transporte, produtos das indústrias químicas e plásticos. O maior município do Vale do Caí já sofreu perdas devido as restrições causadas pela gripe aviária, com a suspensão das importações de carne de frango de diversos países. Além disso, vai sofrer reflexos da reforma tributária, com grande perda na arrecadação.

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