Operação Desvio de Rota: PF prende agente da PRF e dois empresários

Operação Desvio de Rota teve buscas em Montenegro e mais três cidades - Crédito: PF

A Polícia Federal (PF) deflagrou, nesta terça-feira, dia 9, a Operação Desvio de Rota, em decorrência de investigação sobre o suposto pagamento de propina a dois policiais rodoviários federais no recolhimento de veículos e envolvimento de empresários. Segundo informações, um dos agentes, de 50 anos, preso na ação, atuava em Montenegro. Ele é investigado por não registrar os recolhimentos de taxas no sistema do Detran, cobrando a retirada diretamente dos motoristas em conluio com uma empresa de guincho. Além de Montenegro, a operação teve buscas em Nova Santa Rita, Porto Alegre e Canoas.

A ação contou com o apoio da Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal do Rio Grande do Sul e da Corregedoria-Geral do Detran/RS. Durante a operação, os policiais federais realizaram busca e apreensão em nove endereços, além do sequestro de quatro veículos e do bloqueio de contas bancárias vinculadas aos suspeitos e às empresas utilizadas pelo grupo. Além do policial rodoviário federal, foram presos temporariamente dois empresários que comandavam o Centro de Remoção e Depósito (CRD) de Veículos investigado, que seria em Nova Santa Rita. O depósito era credenciado ao Detran e fornecia o guincho para as remoções.

As ordens judiciais foram expedidas pela 7ª Vara Federal de Porto Alegre. A Justiça ainda aplicou outras medidas restritivas, como o afastamento do cargo público e a proibição de nova contratação pelos particulares com o Detran/RS. Quatro veículos foram apreendidos e contas bancárias dos investigados foram bloqueadas. Também teriam sido realizadas buscas na casa de um segundo policial rodoviário. E um motorista do CRD foi preso por porte ilegal de arma de fogo.

De acordo com a investigação, nos últimos quatro anos foram identificados 1.300 recolhimentos de veículos não registrados no sistema do Detran, causando um prejuízo de cerca de R$ 1 milhão aos cofres públicos. E que teria sido pago R$ 240 mil ao agente participantes do esquema fraudulento. As investigações continuam para tentar identificar outros possíveis envolvidos.

Em nota, a PRF informou que participou da operação através de sua Corregedoria e repudia qualquer prática que viole os princípios da ética e da legalidade. E que reafirma o compromisso em coibir desvios de conduta.

Também por nota, o Detran/RS informou que acompanhou a ação por meio de sua Corregedoria, colaborando com a investigação. E que determinou o bloqueio cautelar dos profissionais credenciados e do Centro de Remoção e Depósito envolvidos, com o impedimento da realização de atividades.

Operação Desvio de Rota teve buscas em Montenegro e mais três cidades
– Crédito: PF

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