Um mês após acidente, guindaste que tombou no morro São João deve ser retirado nesta semana
A expectativa é de que o guindaste que tombou na estrada do morro São João seja retirado nesta próxima semana. Hoje, domingo, 1º de setembro, completa um mês do acidente em que o motorista sofreu ferimentos e o caminhão guindaste que instalaria o radar meteorológico no topo do morro ficou bastante danificado.
Como o guindaste permanece no local, desde 1º de agosto o acesso ao topo do morro está interditado, dificultando a manutenção de empresas de telecomunicação que possuem antenas e até mesmo de pessoas que queiram apreciar a paisagem de um dos principais pontos turísticos da região. A empresa proprietária do veículo mantém vigilância 24 horas impedindo a aproximação e passagem. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente informou que foi aplicada uma multa por infração ambiental, determinando um projeto de recuperação de área degradada (Prad), devido aos danos causados no morro, onde abriu uma clareira em meio a vegetação.
Foram colocadas fitas e cones impedindo a passagem junto a uma das últimas curvas antes da chegada na parte mais alta do morro. Para subir a pé só através de trilhas. A empresa responsável pretende trabalhar na retirada do guindaste e arrumar a estrada o mais rápido possível, o que deve acontecer nesta próxima semana. A informação da Defesa Civil do Estado, que manteve contato com a empresa Climatempo, responsável pela instalação do radar meteorológico, é de que o guindaste deverá ser desmanchado para ser retirado em partes. O veículo teria um peso de cerca de 45 toneladas. A operação de retirada, por parte da empresa Irigaray, dona do guindaste, deve ser retomada nesta próxima semana, dependendo das condições do tempo.
De acordo com a Prefeitura de Montenegro, a empresa proprietária do guindaste já foi notificada para fazer a remoção dos equipamentos e está providenciando documentação e os meios necessários para esse trabalho. A Administração Municipal informou que uma equipe da Secretaria Municipal de Obras Públicas está avaliando os danos à via e definindo a melhor estratégia para assegurar, novamente, o acesso ao ponto mais alto do morro por veículos de passeio. Até lá, a manutenção das antenas deverá ser feita por pessoas a pé, como já ocorreu no passado quando, por cerca de cinco anos, a estrada ficou fechada.
Guindaste foi desvirado e outro caminhão com guincho estava no local nesta última semanaLocal do radar
Sobre o radar meteorológico, com investimento de 26 milhões do Governo do Estado, o coordenador estadual da Defesa Civil e chefe da Casa Militar, coronel Luciano Chaves Boeira, diz que o estudo de viabilidade apresentado pela empresa contratada em fevereiro deste ano, apontava três locais que seriam adequados para a instalação do radar: Morro São Joao (Montenegro), Morro da Polícia (Porto Alegre) e Dois Irmãos. Ele diz que pela localização, ficou definido que a instalação seria em Montenegro. Entretanto, com o incidente do caminhão e, para cumprir o cronograma de instalação do radar, foi decidido pela instalação provisória no Morro da Polícia, em Porto Alegre, para já iniciar o processo de calibração do radar. “A contratada ainda busca encontrar solução para instalação em Montenegro, mas ainda não temos essa resposta”, frisou. Sobre o fato de o guindaste acidentado permanecer na estrada, bloqueando a via, o coronel Boeira disse que todo o encargo de instalação do radar é de responsabilidade da empresa contratada.
A Climatempo, através de sua assessoria de imprensa, informou que o radar meteorológico foi instalado no segundo ponto que havia sido estudado como local com melhor viabilidade, considerando a visada do radar, interferências, comunicação e segurança. “Este ponto de instalação atual é o Morro da Polícia, em Porto Alegre. Por recomendação do contratante, o Governo Estadual, não descartamos a possibilidade de retornar com o radar para Montenegro, considerando que instalamos em Porto Alegre para calibração e testes. Esta calibração está sendo realizada e as chuvas da semana passada nos ajudaram nesta parte do trabalho. Os radares meteorológicos levam um tempo para serem calibrados e precisam de chuva para isso, considerando que esta é uma ferramenta que estima a quantidade de chuva dentro das nuvens e auxilia os meteorologistas na assertividade de suas previsões e emissão de alertas”, destaca.
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