Na manhã desta quinta-feira, dia 6, a Polícia Civil realiza mais uma operação que visa combater os golpes através de extorsão e associação criminosa. A Operação XCON III, que combate o chamado “golpe do nudes”, tem mandados sendo cumpridos em Montenegro e outras 14 cidades do Estado.

Investigações apontaram que os golpes são comandados por apenados, de dentro de presídios, inclusive com atuação em outros Estados. A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) confirmou que está realizando seis operações de mandados de busca e apreensão e de prisões temporárias em quatro unidades prisionais, entre elas na Penitenciária Estadual de Montenegro, situada na localidade do Pesqueiro. Os mandados estão sendo executados a pedido do Poder Judiciário, de forma integrada com a Polícia Civil e a Brigada Militar. Na Modulada de Montenegro, em duas galerias, 22 agentes do Grupo de Intervenção Rápida (GIR) da Susepe e cerca de 30 policiais penais, do setor de inteligência e da casa prisional, estão realizando a intervenção.

No Estado, um total de 250 agentes cumprem 122 ordens judiciais, incluindo 39 mandados de prisão, 44 de busca e apreensão e 39 bloqueios financeiros. A investigação está em andamento há cerca de um ano e apurou que em três meses os investigados movimentaram R$ 2,5 milhões.

O golpe é antigo e já fez várias vítimas, inclusive Vale do Caí. Normalmente uma pessoa se passa por uma jovem e mantém contato por rede social com homem mais velho para trocarem fotos íntimas. Em seguida inicia a extorsão, com exigência de dinheiro para não expor a situação. Os criminosos, muitos deles aplicando os golpes de dentro da cadeia, chegam a se passar como falsos policiais, advogados e pais da suposta adolescente. Em alguns casos chegaram a montar falsas Delegacias de Polícia. Por isso nas operações vários mandados já foram cumpridos na Penitenciária do Pesqueiro, em Montenegro.

A Polícia alerta para as pessoas não compartilharem fotos íntimas, suspeitar de pedidos de amizades de desconhecidos pelas redes sociais, não fornecer dados pessoais e muito menos dinheiro em extorsões. E denunciar para a Polícia.