Novo programa enfrenta déficit de aprendizagem nas escolas municipais

Secretaria de Educação de Montenegro pretende implantar o Programa Permanente de Recomposição da Aprendizagem - Crédito: Prefeitura
Uma das áreas mais comprometidas pela pandemia do coronavírus foi a Educação. O déficit de aprendizagem, que já era um problema, tornou-se ainda maior após quase dois anos de ensino à distância e híbrido (parte em sala de aula e parte através da internet).
Em Montenegro, a Secretaria Municipal da Educação e Cultura já tinha ações nesta área, que agora serão intensificadas através do Programa Permanente de Recomposição da Aprendizagem. A implantação só depende da aprovação da Câmara de Vereadores, que deve votar a proposta nos próximos dias.
De acordo com a Smec, diante das previsíveis fragilidades dos processos de aprendizagem nos anos de 2020 e 2021, são necessárias estratégias de recomposição, pois mesmo os estudantes que não se desvincularam da escola, possivelmente, não desenvolveram o necessário ou o projetado para seu ciclo, etapa ou ano. “A legislação estabelece a obrigação legal de um trabalho diferenciado na prática de ensino e aprendizagem, principalmente aos estudantes mais vulneráveis”, ressalta a secretária Ciglia da Silveira.
Mesmo antes da pandemia, os níveis de defasagem de aprendizagem já não eram os ideais. A situação se agravou, tornando necessário maior apoio aos alunos com menor rendimento. Isso ocorrerá através de práticas educacionais especificas constantemente monitoradas. “A implementação da recomposição da aprendizagem, como programa educacional, se incorporará ao cotidiano da escola, superando a perspectiva de momentos trimestrais de estudos de recuperação, e auxiliará no aumento progressivo das taxas de rendimento escolar”, reforça a titular da Smec.
O texto do projeto estabelece que pais ou responsáveis legais pelos alunos poderão solicitar, nas escolas, o encaminhamento de seus filhos para uma avaliação. Havendo necessidade, receberão aulas de reforço escolar ou participarão de atividades de docência compartilhada. Crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social são a prioridade.
Para a execução do Programa, o Município poderá firmar convênios e parcerias com os governos do Estado e da União, sociedade civil, empresas privadas, cooperativas, associações comunitárias e de moradores. Também poderá recorrer ao apoio de pessoas da comunidade comprovadamente capacitadas e entidades voltadas à área da Educação.
O Programa, passo a passo
1º – identificar os alunos com menor rendimento escolar, baseado nas avaliações e na percepção dos professores e equipes de apoio pedagógico;
2º – constatar as principais dificuldades enfrentadas pelos alunos com menor rendimento escolar, relacionados à aprendizagem;
3º – desenvolver atividades pedagógicas e conteúdo específico para o reforço escolar, com a participação dos apoios pedagógicos e do Departamento de Educação;
4º – prover os recursos materiais necessários aos professores responsáveis pelas atividades de reforço escolar para os alunos identificados com baixo rendimento escolar;
5º – manter constante diálogo entre escola, família e Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

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