A Polícia Civil continua apurando todos os detalhes do bárbaro crime que resultou no estupro e estrangulamento da menina Jordana Tamires Christ Watthier, de 13 anos, em Bom Princípio, entre o sábado e o domingo de Páscoa.

Conforme foi apurado, ainda no sábado, o acusado Elias dos Santos Silvestre, de 39 anos, teria trabalhado como pedreiro e ido a um culto. Na casa da companheira, no loteamento Gauger, em Nova Colúmbia, no final da noite de sábado, em torno de 23h30, ele informou em depoimento que teria encontrado a enteada na cozinha e ela teria lhe pedido para dar uma volta, pois estava triste por ter brigado com a irmã mais nova. Para a companheira, mãe da adolescente, o acusado disse que iria dormir na casa de sua mãe. No caminho, a menina teria tentado se jogar do carro por pelo menos duas vezes e quando conseguiu foi alcançada e acabou ocorrendo o crime, na margem da RS 122, próximo da margem do arroio Forromeco, em Santa Teresinha.

Após matar a enteada, o acusado fugiu para Montenegro, abandonou seu carro perto da estação rodoviária e após passar a noite no mato pegou um ônibus para Venâncio Aires, seguindo durante a semana a pé para Teutônia, onde se entregou para a Brigada Militar na última sexta-feira. Ele chegou a ligar para uma irmã avisando que tinha feito “besteira”. E também telefonou para o quartel dos Bombeiros Voluntários de Bom Princípio informando onde estaria o corpo, mas na ocasião alegou que estava pescando e a menina teria se afogado no arroio.

O acusado já tinha antecedentes por três crimes sexuais, sendo dois contra menores, e um roubo, tendo sido condenado a 12 anos de prisão e estava em liberdade condicional. Ele tinha um relacionamento de quase um ano com a mãe da vítima, mas negou que tenha praticado violência contra a menina antes. E de acordo com o delegado Marcos Eduardo Pepe, não há nada que indique a participação efetiva da mãe no crime. Entretanto, ela disse que sabia que ele já esteve preso por crimes, mas acreditava que não cometeria nada contra seus três filhos.