Moradora do bairro Olaria, Mara Margarete Abreu de Oliveira, de 60 anos, perdeu tudo na enchente de maio. “Fiquei só com a roupa do corpo”, lembra. Sua casa ficou comprometida e os bens foram destruídos pela maior enchente da história.

Ontem, sexta-feira, foi um dia importante para “Marga”, como é conhecida. Ela recebeu as chaves de sua nova moradia, agora no bairro Imigração. Beneficiada pelo programa Minha Casa Minha Vida Reconstrução, do Governo Federal, que está adquirindo imóveis de até R$ 200 mil para quem perdeu tudo na cheia, Margaret ficou emocionada ao lembrar das dificuldades enfrentadas e agora a oportunidade de recomeçar longe das enchentes. Ela parecia não acreditar ao percorrer a residência com dois quartos, sala, cozinha, banheiro e um amplo pátio. E ainda recebeu algumas doações do município, como fogão, geladeira, cama e sofá. foi também beneficiada com o Auxílio Reconstrução, de R$ 5.100, para que comprasse um roupeiro e outros utensílios.

O secretário municipal de desenvolvimento social, cidadania e habitação, Vitor Cardoso, lamenta a dificuldade em se conseguir imóveis à venda que se encaixem nos requisitos do programa. Inicialmente quatro montenegrinos foram contemplados. Vitor informou que 36 famílias estão habilitadas e 26 com documentação em análise. Outros 120 pedidos foram encaminhados para a segunda fase. “

Clóvis Pereira, coordenador da Defesa Civil, pede que as pessoas tenham paciência e assim como ocorreu com Margarete, não deixem de acreditar. Mesmo com a demora, devido a burocracia, os cadastrados que forem habilitados devem receber novas casas e reconstruir suas vidas.