Terminou empatada em 5 a 5 a votação dos vereadores de Montenegro na noite desta quinta-feira, dia 30, na sessão que analisou a possibilidade de abertura de processo de impeachment contra o prefeito Carlos Eduardo Müller, o Kadu (PP). Como eram necessários no mínimo 7 votos (dois terços dos dez vereadores), a abertura do processo foi rejeitada e o requerimento foi arquivado.
Votaram contrários ao processo os vereadores: Joel Kerber (PP), Talis Ferreira (PR), Juarez Silva (PTB), Josi Paz (PSB) e Rose Almeida (PSB). E foram favoráveis a abertura do processo os vereadores: Cristiano Braatz (MDB), Erico Velten (PDT), Felipe Menezes (MDB), Neri Pena “Cabelo” (PTB) e Valdeci Castro (PSB).

– Crédito: Guilherme Baptista/FN
A votação lotou as dependências da Câmara, no prédio da antiga usina, na beira do rio. Muitas pessoas tiveram de acompanhar de pé e outras nem conseguiram entrar no auditório, assistindo num telão instalado no saguão. Algumas pessoas seguravam cartazes de apoio ao prefeito. Além de funcionários e cargos de confiança da Prefeitura, que apoiavam o prefeito, também participaram agricultores que pedem melhores estradas, e comunidade em geral. Todos os dez vereadores se manifestaram e depois foram lidas as dez páginas do requerimento. No final, o resultado de rejeitar o processo de impeachment foi bastante comemorado por boa parte das pessoas que estavam no plenário.
Kadu e Rodrigo analisam o resultado
O requerimento foi protocolado na tarde de ontem, quarta-feira, pelo comerciário Rodrigo Côrrea, alegando supostas irregularidades no pagamento da Prefeitura ao plano de saúde dos servidores municipais. Rodrigo lamentou o resultado, criticando que os vereadores não teriam analisado a questão documental e se omitiram totalmente de apenas fiscalizaram as ações de governo. “Estamos com a consciência tranqüila. Fizemos o que achamos certo e o nosso dever enquanto cidadão”, afirma. Côrrea esclarece que não foi o pedido de impeachment que foi rejeitado e sim a admissibilidade. “Os vereadores se omitiram até da sua principal prerrogativa que é fiscalizar os gastos públicos, mesmo com pareceres jurídicos dando conta do crime de improbidade administrativa. Isso é o mais sério. A negligência dos vereadores que votaram contra apenas a admissibilidade. Não quiseram nem analisar. Omissão total”, protesta.
Já para o prefeito Kadu Müller prevaleceu o bom senso. “Tenho certeza do meu trabalho. Eu vou continuar trabalhando para uma Montenegro cada vez melhor”, declarou.
Ao Sr Rodrigo que “acha” que os servidores se absteram de saber exatamente oq estava acontecendo, e de “possíveis irregularidades”, gostaria de lhe dizer que todos os presentes se não a maioria sabia exatamente oque estava acontecendo. Quanto a consciência limpa, é uma incógnita, principalmente, quando se sabe a verdade, não é necessário pensar muito para entender o jogo político por trás disso. Não vão meter a mão no que é do servidor!!!