A Justiça de Montenegro decidiu arquivar a investigação referente à morte do policial civil Leandro de Oliveira Lopes, de 30 anos. O caso completou um ano nesta quinta-feira, 2 de maio. Leandro morreu durante um tiroteio num sítio da localidade de Matiel, em Pareci Novo, na margem da RS 124, próximo das pontes da divisa com São Sebastião do Caí.

– Arquivo/FN
A Polícia Civil concluiu a investigação e apurou que o tiro que atingiu o policial não partiu dos bandidos que eram o alvo da operação. O inquérito foi remetido para a Justiça no último dia 2 de abril. O tiro que atingiu o policial, pelas costas, foi de um fuzil 556, arma que não era usada pelos bandidos e sim por policiais. A juíza Priscila Gomes Palmeiro, da 1ª Vara Criminal de Montenegro, atendeu o pedido do Ministério Público. Com base na investigação, ela concluiu que a fatalidade decorreu “única e exclusivamente” da ação policial. Oito policiais utilizavam fuzil 5.56 e desses armamentos foram disparados aproximadamente 85 tiros. A autoria do disparo que atingiu Leandro não foi identificada. Segundo a juíza, a prova pericial restou inconclusiva, impossibilitando a identificação da arma.
Os dois indivíduos que trocaram tiros com os policiais, Valmir Ramos, o “Bilinha”, de 40 anos, que continua foragido, e seu comparsa Paulo Ademir de Moura, o Zoreia, de 36 anos, preso em maio do ano passado, serão indiciados. Para o delegado regional Marcelo Farias Pereira, que comandou o inquérito, eles provocaram o tiroteio. De acordo com a Justiça, vão responder processo por tentativa de homicídio qualificado (24 vezes), posse irregular de arma e munição e posse de drogas.