Após pichação e boatos, aulas são suspensas no Instituto Paulo Freire

Brigada reforçou policiamento, mas comandante destaca que foi uma "brincadeira de mau gosto" - Crédito: BM

As denúncias de atentado em escolas de São Sebastião do Caí não passam de boatos. As chamadas fake news envolvem os colégios Paulo Freire e Felipe Camarão. Inclusive teria sido feita pichação em banheiro, o quê causou preocupação entre alunos, professores e pais. E os boatos de “massacre” se espalharam pelas redes sociais.

Os boatos ocorreram após pichações no banheiro masculino do Instituto Estadual de Educação Paulo Freire, no bairro Quilombo, de “massacre em 20 de abril”. A direção da escola informou que identificou os alunos envolvidos e que a pichação, num ato de vandalismo maldoso, causou enorme preocupação e tensão no colégio. Por isso estão sendo tomadas providências. Muitos pais ligaram ou foram até a escola preocupados. Direção negou que tenha ocorrido algum caso de aluno flagrado com arma e droga na mochila, e que tenha um grupo organizando “massacre”, como circula em áudio de whatsapp. “Informei a Brigada Militar, que prontamente nos atendeu. Também fiz denúncia na Polícia Civil”, informou a diretora, citando que três alunos envolvidos foram identificados pela Polícia. “Nenhum deles tem ligação com tráfico ou grupos fascistas. As providências já foram tomadas”, completou. Devido a grande preocupação, a direção cita que foi decidido, pelo Conselho Tutelar, que não haverá aula nesta quarta-feira, dia 20. “Não por medo de alguma coisa, mas porque houve um desgaste emocional muito grande em toda a comunidade escolar (alunos, pais, professores)”, justifica. Em razão do feriado de 21 de abril (Tiradentes), também não terá aula na quinta e sexta-feira. Portanto, as aulas no Paulo Freire só retornam na próxima segunda-feira, dia 25, quando se espera que a situação já esteja normalizada.

Na Escola Felipe Camarão, do centro do Caí, a direção informou que não houve nenhum incidente. Segundo diretora, foi feito contato com a Brigada Militar e Coordenadoria Regional de Educação (CRE). Mesmo assim muitos pais entraram em contato devido a preocupação. A Escola Felipe Camarão emitiu nota informando que não houve nenhum incidente que impeça o andamento normal das aulas. Por isso estão programadas aulas normais nesta quarta-feira.

Delegada de Polícia e Comandante da Brigada

A delegada Cleusa Spinato confirmou que foi feito um registro policial, por parte de uma escola, sobre uns escritos num banheiro, mas nem se sabe o contexto ainda. Ela lamentou a boataria que se espalhou nas redes sociais.

O comandante do 27º BPM, major José Luiz Krause, também lamentou os boatos, que acabam causando terror na comunidade. Cita que foi mantido contato com a direção da escola e identificado o adolescente envolvido. Também foi identificado o patrulhamento não só nas duas escolas do Caí, mas nos demais colégios da região, tanto na parte externa como também no interior dos estabelecimentos. “Adotamos providências de policiamento externo, visitas internas e reunião com a direção”, informa o comandante. “Nesta quarta-feira teremos reforço nas escolas. Vamos mostrar para a comunidade escolar que não se brinca com um assunto tão sério”, completa, esperando que sejam adotadas providências enérgicas em relação aos alunos envolvidos em atitude inconseqüente que tem gerando insegurança e transtornos. Destaca que o Conselho Tutelar também foi acionado e que não há necessidade de temor por parte dos pais e responsáveis pelos alunos. E ressaltou que é fake news áudio sobre aluno detido com arma e drogas, que faria parte de grupo de “massacre”. “É uma mentira, fake news. Não tem arma, não tem droga, não tem prisão de ninguém”, esclarece o comandante da Brigada.

O major Krause citou ainda que mesmo tipo de boato está se espalhando em outras cidades. Em Farroupilha, nesta terça-feira, a Polícia identificou um adolescente de 16 anos responsável por ter escrito, na semana passada, ameaça de “massacre”, na porta do banheiro da escola. Após ter escrito “Massacre 15/04”, ele fotografou e apagou a pichação, mas a foto se espalhou nas redes sociais. Ele teria escrito a frase de “brincadeira de mau gosto” após ver um vídeo a esse respeito numa rede social, fazendo alusão a ameaças em escolas.

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