Artesãos de São Pedro da Serra tiveram capacitação sobre Design de Produtos

Crédito: Emater/RS-Ascar/Divulgação

Um grupo de dez artesãos de São Pedro da Serra concluiu, na última terça-feira, uma capacitação sobre Design de Produtos e Iconografia Regional. Ministrada pela designer Fernanda Sklovsky, com o apoio da Emater/RS-Ascar, a atividade foi realizada na Escola Imaculado Coração de Maria e dividida em seis aulas online. Ao final, cada participante apresentou a criação de uma coleção de três produtos com identidade territorial e valor agregado, com vistas a fortalecer o turismo e a gastronomia da região.

Fernanda explica que o projeto, que teve como ponto de partida o Dia da Criatividade, realizado em São Sebastião do Caí em meados de 2019, que teve o objetivo de unir artesanato e design a partir da importância do contexto histórico e cultural de uma região como aspecto que agrega valor para as peças. “A ideia foi capacitá-los para conhecer as principais ferramentas e formas de venda e comunicação na realidade do mundo pós-covid”, destaca.

Em cada etapa da qualificação, a designer reforçou a importância do designer territorial como uma ferramenta capaz de descortinar a história por trás dos produtos artesanais. Para Fernanda, a tradição, os valores e a identidade local em que o artesanato é produzido devem ser preservados, mas sem que se abra mão da funcionalidade, da ergonomia e do visual dos produtos.

Para a artesã Cristina Graff, a capacitação representou um divisor de águas nesse aspecto. Adepta recente da técnica japonesa amigurumi – que produz pequenos objetos ou bonecos feitos de tricô e crochê – foi estimulada pela designer a olhar para a sua produção a partir das qualidades e referências locais que podem. “Foi assim que saí do lugar comum e passei a utilizar a técnica para criar chaveiros em formato de pequenas abelhas e pesos de porta que emulam grandes canecas de chope”, assinala.

A presidente da Associação Municipal de Artesãos Cantinho da Arte, Ione Maria Cornelius, reforça que a atividade foi riquíssima justamente por possibilitar o olhar para a identidade local. “Muitas vezes estamos habituados a certo padrão de produção e assim foi possível conferir personalidade àquilo que criamos”, analisa.

A capacitação foi viabilizada por meio da Lei Aldir Blanc, do Governo Federal. Ela teve suporte da Emater/RS-Ascar, que atua em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Sepadr) do Governo do Estado.

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