Julgamento dos acusados do assassinato da pastora Marta deve ocorrer hoje

Três réus devem ir a júri pela morte da pastora evangélica Marta Kunzler (foto). Acusado de ser o mandante, seu marido morreu quando estava preso - Reprodução/FN

Está previsto para ocorrer nesta quinta-feira, dia 31, a partir das 9h30 da manhã, no Fórum de Montenegro, o júri popular de três acusados de um crime de grande repercussão no município e na região. Em 14 de junho de 2017 a pastora evangélica Marta Kunzler foi assassinada em sua casa, no bairro São Paulo, na Grande Timbaúva. Ela foi morta a golpes de faca e estrangulada com uma gravata masculina, num crime bárbaro quando voltava de um culto na Igreja do Evangelho Quadrangular, no centro, onde comemorou os seus 63 anos.

O julgamento chegou a ser marcado para 16 de dezembro do ano passado, mas acabou sendo adiado. A Defensoria Pública, que atua na defesa dos acusados, alegou colidência de defesas dos três réus, por considerar que as teses poderiam ser contraditórias. E com isso foi marcada uma nova data para o júri.

Os réus

Um dos acusados de envolvimento no crime foi o próprio esposo da vítima. Ele era acusado de ser o mandante do crime. Mas Adair Bento da Silva morreu quando estava preso. Ele faleceu em 17 de outubro de 2018, aos 39 anos, em Charqueadas, onde estava internado no hospital. A causa da morte foi insuficiência respiratória devido à tuberculose.

Adair Bento da Silva, acusado de planejar a morte da esposa Marta Kunzler, morreu quando estava preso
– Arquivo/FN

Outros três acusados, que se encontram presos, devem ir a julgamento. Os réus são Rodrigo Nunes da Silva, que na época seria amante da Adair, mais os comparsas Igor de Azeredo Gomes e Juliano Jackson da Silva Gomes, que conforme a acusação teriam sido contratados para matar a pastora. O Ministério Público entende que praticaram homicídio quintuplamente qualificado, por motivo torpe, mediante pagamento e promessa de recompensa, em crime executado de forma cruel, por asfixia, e utilizando recurso que dificultou a defesa da vítima. Além disso, foi enquadrado por feminicídio.

Conforme apurou a Polícia, Adair teria prometido que pagaria a Igor e Juliano, que são primos, a quantia de mil reais, mas acabou pagando só cem reais, para cometerem o crime porque a pastora não concordava com a separação proposta por ele. Ele teria ficado sabendo que, caso a separação se consumasse, sua parte do patrimônio do casal seria pequena. Eles eram casados havia 18 anos. Já Rodrigo é acusado de dirigir o carro da pastora para a fuga de Igor e Juliano. O carro depois foi abandonado em Passo da Amora, no interior do município. Adair, segundo a acusação, teria simulado que a esposa havia sido vítima de assalto. Ele estava na casa com uma menina de 2 anos, filha do amante e que já morava há um ano com a pastora, a qual pretendia adotá-la. Para a Polícia, o marido queria ficar com os bens e pensão da pastora, juntamente com o amante. Adair, entretanto, negava envolvimento no crime.

 

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