Presidente da CPI do Hospital aponta 14 irregularidades e pede apuração do Ministério Público

Vereador Fábio Juwer falou no Grande Expediente da Câmara na sessão da última segunda-feira - Reprodução/FN

O vereador Fabio Juwer (MDB) ocupou o grande expediente da Câmara Municipal, na sessão da noite da última segunda-feira, para falar sobre o resultado da CPI referente ao contrato de gestão entre o município e o Hospital São Pedro Canísio.

Presidente da comissão, Fábio criticou o relatório final apresentado em 30 de junho pela vereadora Beatriz Inês Bohn (PP). O relatório, que ele votou contra, foi aprovado por 2 votos a 1, já que teve os votos favoráveis da relatora e do vereador Renato José Krewer (PSDB).

Entre as possíveis irregularidades, Fábio Juwer citou o pagamento de 100 mil reais, que consta na prestação de contas, e não deveria ter sido feito. Destacou ainda que o hospital recebe valores integrais, mas paga os fornecedores de forma parcelada. Considera que isso representa obter vantagens com verba pública. Ainda citou o pagamento de vantagens para alguns funcionários, de forma indevida. Apontou ainda irregularidades no cartão ponto. Citou também o pagamento de 130 mil reais, sem a devida autorização. Declarou que o hospital recebeu um volumoso montante de recursos para enfrentamento da Covid-19, o qual diz que foram investidos no mercado financeiro. Declarou que o município paga encargos também de forma indevida. Voltou a destacar o pagamento do cargo de coordenador de ESF, que foi extinto. Apontou também o pagamento mensal para serviços de publicidade e de sobreaviso que não era utilizado.

Juwer diz que leu 9 dos 14 pontos em que entende terem irregularidades e que devem ser denunciados por considerar que houve infração penal e improbidade administrativa. Como só tinha 10 minutos na tribuna, lamentou não poder falar o restante. Lamentou também que a CPI acabou em pizza e que as irregularidades que apontou devem ser encaminhadas ao Ministério Público para serem verificadas.

A vereadora Beatriz Bohn lamentou que alguns materiais, como áudios, teriam sido encaminhados após o término da CPI. Diz que estranha a indignação de alguns vereadores, pois considera que fez a devida análise para o relatório, o qual foi aprovado pela comissão. Lembrou que o Estado ainda está fazendo uma auditoria das contas do hospital.

Outro integrante da CPI, Renato Krewer, diz que votou conforme a sua consciência e citou que foi aberto um canal por 180 dias em que não surgiu nenhuma denúncia.

Vereadores de oposição, como Roberto Henriques da Silva e Letícia Maria Chassot, criticaram que irregularidades apontadas não foram levadas em consideração no relatório e que os fatos devem ser melhor apurados.

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