“Era um homem correto e generoso”, diz viúva do motorista de aplicativo morto em Bom Princípio

Marcos Miguel Menuzzi foi morto em Bom Princípio - Reprodução/FN

“Era um homem correto, ótimo marido, ótimo pai, ótimo filho, ótimo amigo”. A manifestação é de Janaina Fabriz, a “Jana”, que era casada faz 17 anos com Marcos Miguel Menuzzi. O motorista de aplicativo foi morto a tiros na madrugada de ontem, sábado, dia 9, em Bom Princípio. O casal tem dois filhos, um adolescente de 13 e uma menina de 5 anos.

Marcos tinha 38 anos e nos finais de semana trabalhava como motorista de aplicativo para ganhar um dinheiro extra, visando aumentar a renda da família que mora no município de Nova Santa Rita. Durante a semana se dedicava a sua profissão. Segundo a esposa, mesmo com os riscos, nunca tinha sido assaltado. Ela lembra que em certa ocasião ele inclusive salvou uma moça que estava sendo vítima de assalto. Mas ele nunca tinha sido vítima e logo na primeira vez acabou perdendo a vida.

“Jana” conta que a última vez que viu o marido foi no final da tarde de sexta-feira, por volta de 18 horas, quando ele saiu para trabalhar como motorista de aplicativo. Desde então não teve mais nenhum contato. “Era uma alma generosa. O quê fizeram com ele foi ruindade. Poderiam ter levado tudo e deixado ele com vida”, diz, bastante consternada.

A despedida de Marcos Miguel Menuzzi acontece na Capela do Crematório e Cemitério São Vicente, em Canoas, com velório e encerramento neste domingo às 14h.

Latrocínio

Motorista de aplicativo de Nova Santa Rita foi morto a tiros na avenida da entrada de Bom Princípio, na madrugada de ontem
– Crédito: BM

A principal suspeita da Polícia é de latrocínio (matar para roubar). O corpo foi encontrado por volta de 1h30 da madrugada de ontem. A Brigada foi informada por populares de que um automóvel Ford Ka, de cor prata, com placas de Nova Santa Rita, estava no meio via, na Avenida Emancipação (traçado antigo da RS 122), na entrada de Bom Princípio. Um homem estava sem vida no banco do motorista do carro. Em meio a muito sangue, foram verificadas marcas de tiros na nuca e costas. A perícia deve apontar se foi atingido por mais disparos. Pelos vestígios, provavelmente o motorista de aplicativo teria se defendido durante um assalto e entrou em luta corporal, o que indica latrocínio (matar para roubar). Dinheiro e celulares da vítima não foram encontrados, apenas sua carteira. A Brigada fez buscas, mas ninguém foi preso. Estão sendo analisadas imagens de câmeras do videomonitoramento. Pelo cercamento eletrônico, foi constatado que o carro teria vindo de Novo Hamburgo e existem indícios que dois indivíduos estariam envolvidos no crime.

Homicídio no Caí

Ainda não se tem identidade da vítima e informações sobre homicídio ocorrido cinco horas depois na margem da RS 122, no Caí
– Crédito: BM

Cerca de cinco horas depois, em torno de 6h35, os Bombeiros Voluntários Caienses foram avisados que tinha um corpo na margem da RS 122, altura do quilômetro 14, no bairro Angico, próximo ao Parque Industrial e Posto Redoil, em São Sebastião do Caí . No local os bombeiros constataram que a vítima já estava sem vida. Foi verificado que não se tratava de acidente, pois o homem tinha marcas de tiros no corpo. Foi acionado então a Brigada Militar, que fez o isolamento do local, e a Polícia Civil, que acionou a perícia. Segundo a Polícia, até a noite de ontem ainda não se tinha a identidade da vítima. Segundo a BM, a vítima seria um homem moreno, magro, de aproximadamente 1m70cm e cabelo curto. O homem estava de bruços, com perfuração visível nas costas. Também são buscadas imagens e informações sobre o quê aconteceu e para se tentar chegar à autoria do crime.

Para o delegado de Bom Princípio, Marcos Eduardo Pepe, que estava de plantão na região na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA), não se apurou nada que comprove relação entre os dois crimes. Mesmo que tenham ocorrido com cerca de cinco horas de diferença e poucos quilômetros de distância, numa região que não registra homicídios faz vários meses, os dois assassinatos podem não ter ligação. Mas isso ainda está sendo investigado. A Polícia Civil e a Brigada Militar seguem apurando, buscando imagens, depoimentos e aguarda o resultado da perícia. Qualquer informação pode ser passada para os telefones 197 e 190.

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